Alberti foi aquilo que hoje chamamos um «polimata». Um autêntico homem da Renascença.
Um dos autores e arquitectos mais brilhantes e originais de todo o Renascimento, Leon Battista Alberti teve uma produção que abrangeu a engenharia, a topografia, a criptografia, a poesia, o humor, o comentário político e muito mais.
Utilizou a ironia, a sátira e a alusão lúdica nas suas obras escritas e desenvolveu uma abordagem sofisticada da arquitetura que combinava o antigo e o moderno.
Nascido na elite florentina, Alberti foi, no entanto, desfavorecido devido ao exílio e à ilegitimidade. Como resultado, tornou-se um analista perspicaz das instituições sociais do seu tempo, bem como um escritor profundamente existencial que se interessava intensamente pela condição humana.
As suas preocupações pessoais e intelectuais levaram-no a envolver-se num espectro cada vez mais vasto da cultura renascentista.
Alberti escreveu a primeira gramática italiana. Escreveu códigos e cifras para o Papado e existe um código com uma máquina para o descodificar chamado Código Alberti. (Sarah Stackpoole)
Alberti era um platónico, como se chamava, na Renascença, aos que atribuíam à matemática o fundamento das Artes e das Ciências.
Na altura em que fez esta obra, já tinha dois diplomas universitários e praticava todas as artes. Tinha sido readmitido na sociedade florentina após 24 anos de exílio - sendo ilegítimo, tinha mais a provar e não há dúvida que se esforçou-se ao máximo para o fazer. Ele próprio nos diz que era extremamente atlético, um excelente cavaleiro e um músico soberbo. Há quem afirme que ele foi mais importante que Leonardo. (SS)
Ele próprio o parece pensar pois neste auto-retrato de bronze afina as suas feições para aparecer com a têmpera de um Imperador Romano. Existe um outro retrato dele feito por Filippino Lippi na Capela Brancacci. Este que se vê a seguir.
(Aquele olho alado que se vê mesmo debaixo do seu queixo era a sua insígnia.)
Alberti morreu em Roma a 25 de abril de 1472, com 66 anos de idade.
No comments:
Post a Comment