December 16, 2023

Não há professores e os que saíram foram substituídos pelo fulano que ia a passar na esquina




Porém, apesar desta situação catastrófica, estrelas sociais como JMT continuam a defender que não se deve atender aos problemas dos professores porque são como pensionistas. PNS diz que este ME, Costa, é o melhor ministro de educação de sempre e no meio disto ninguém quer saber da educação. Qualquer dia as escolas estão numa rebaldaria total com curiosos apanhados ao virar da esquina a fingir que ensinam.


1.º período acaba com mais de 50 mil alunos sem professor

Balanço dos primeiros meses do ano letivo não é positivo. Diretores escolares, sindicatos e professores mostram grande preocupação pela escassez de docentes nas escolas. Dezembro arrancou com milhares de alunos sem professor a uma ou mais disciplinas e um recorde de aposentações.

Esta sexta-feira, final do 1.º período escolar - as escolas que estão em regime de semestre ainda têm aulas na próxima semana -, mais de 50 mil alunos estavam sem professor atribuído, situação que se agravou com a saída de 389 docentes por aposentação (o número mais elevado desde o início do ano e o mais alto da última década), num total de 3521 docentes aposentados em 2023 Davide Martins, professor e um dos colaboradores do blogue ArLindo (um dos mais lidos no setor da Educação), explica a matemática dos números "preocupantes" no que diz respeito à falta de professores.

"A falta de qualidade do ensino não é aceitável"

Para Paulo Guinote, de 55 anos, professor de História do 2.º ciclo, a falta de professores que marcou o 1.º período levou à falta de qualidade do ensino, com escolas a recorrer a professores sem habilitação para "encobrir" o problema.

"Mascarou-se a falta de professores com a atribuição de horas extraordinárias a professores que não as querem e há orientações diretas, feitas por telefonema, para atribuir as horas a quem não tem formação. O que o ME quer é as horas atribuídas, seja de que forma for. Para mitigar o problema também se recorreu a substituições por professores que já saíram do ensino há muito tempo e que precisam de tempo para aprender novos mecanismos burocráticos ou docentes jovens sem preparação no que se refere à carga de trabalho invisível, aquele que não é feito em sala de aula", explica. E, segundo Paulo Guinote, "as condições em que as aulas são asseguradas são questionáveis". Neste momento, assegura , "a falta de qualidade do ensino não é aceitável".

No comments:

Post a Comment