November 05, 2023

Os jornalistas e o BE enxofrados porque o Presidente não se deixou manobrar

 



Marcelo Rebelo de Sousa foi interpelado para que, publicamente, se pusesse contra os israelitas e depois se pudessem difundir até à náusea essas suas declarações. E não se deixou manobrar. Ao contrário do que diz este jornalista, o Presidente, apesar de ter momentos disparatados de selfies e afins, não é um ignorante, nem um idiota e não caiu na esparrela. E disse o que entende. Acho que fez muito bem.
O que irrita o jornalista é o mesmo que irrita o BE (Bloco desafia Marcelo a defender imediato cessar-fogo e estar ao lado de Guterres) e o PS em geral: é alguém em Portugal não alinhar pelas opiniões de Guterres, mesmo quando ele erra redondamente na abordagem às situações. Como é sabido, o PS -e pelos vistos também o BE- dá mais importância ao amiguismo socialista que à competência e à verdade. Puxam-se uns aos outros para os tachos e defenderem os tachos uns dos outros é mais importante que defenderem os povos, mesmos quando essas pessoas entachadas são Cabritas, Galambas, Sócrates, Cravinhos, Vitorinos e quejandos, que fazem nada ou fazem pior do que fazer nada. 


(Israel: Bloco desafia Marcelo a defender imediato cessar-fogo e estar ao lado de Guterres. O BE considerou este sábado que o Presidente da República tem de optar se está ao lado do secretário-geral das Nações Unidas - Mortágua não quer saber do problema em si entre o Hamas e Israel, ela quer é que MRS diga que concorda com Guterres. Porquê? Porque 'a esquerda' está sempre com a esquerda, mesmo que seja para defender o indefensável. É esse o dogma. O Deus da esquerda é a ideologia e a ela tudo se sacrifica.)

Pergunto a mim mesma se esta polémica com a cunha às gémeas brasileiras não aparece agora, de repente, para descredibilizar MRS quanto à sua posição face à guerra iniciada pelo Hamas.


Sinal amarelo para Marcelo

Quem muito se expõe, por vezes tropeça e a câmara lá está para captar. Assim aconteceu com Marcelo Rebelo de Sousa no Bazar Diplomático, na sexta-feira.

David Pontes

Para um Presidente que quase se pode dizer está presente 24 horas por dia, sete dias por semana, Marcelo tem sabido conviver com destreza neste cenário, aproveitando-se dele para criar uma relação única, directa com os portugueses. Só que quem muito se expõe, por vezes tropeça, e a câmara lá está para captar. Assim aconteceu no Bazar Diplomático na sexta-feira.

Marcelo está bem colado à realidade, mas de uma forma tão constante que se expõe em demasia ao risco. E uma coisa é um reparo impróprio a um decote, outra coisa, de um universo completamente diferente, é uma guerra ou o posicionamento diplomático de um país em relação a um conflito tão complexo como o que divide israelitas e palestinianos. Marcelo sabe-o, mas na sexta-feira comportou-se como se assim não fosse, e deu sinais errados.

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