As pessoas que nos governam, sejam políticos sejam gestores, banqueiros e outros não são pessoas democráticas. O governo está cheio de dinheiro, os bancos estão a abarrotar de dinheiro e o que fazem? Sobem os juros à habitação num país onde os jovens fogem daqui porque não têm casa e dão juros de 1% aos depósitos para desincentivar as poupanças e encheram a barriga com a pobreza alheia. Uma falta de decência democrática básica. Quem se admira? O governo e o GBP dão o exemplo. Centeno enquanto ministro das finanças mostrou sempre grande desprezo pelas pessoas comuns que estão muito abaixo da sua grande auto-importância e favoreceu sempre os qua mais têm e a banca segue o seu exemplo de agente sem escrúpulos nem preocupação com os próprios clientes. É aquela esperteza do português saloio que fica contente em passar a perna aos outros.
Hoje li no jornal que o Pingo Doce foi condenado em tribunal porque promovia um vinho com um preço de 2.40€ mas depois na caixa cobrava sempre 2.90€. Aquela esperteza de pensar que ninguém reparava em 50 cêntimos e que podia ia amealhando indevidamente sem ninguém perceber. Mas a questão é: quem é que compra um vinho de 2€ e meio? Os pobres... um grupo como o Pingo Doce que faz 500 milhões de lucro por ano e nem sequer paga impostos no país, andar a desviar 50 cêntimos aos pobres...
Miseráveis e deprimentes, os nossos dirigentes.
Segundo estatísticas do Banco Central Europeu, o custo de um crédito à habitação em Portugal está nos níveis mais elevados em relação à média da União, mas na remuneração das poupanças estamos quase na cauda. A taxa média está em 1,81%, muito inferior à observada na área do euro, que é de 3,03%. Aliás, Portugal continua a figurar entre os quatro países que dão remunerações mais baixas nos depósitos a prazo.
É nesta combinação explosiva que estamos: taxas elevadas para empréstimos, baixas remunerações para a poupança e concorrência limitada. Não é por acaso que muitos reivindiquem um imposto extraordinário sobre os lucros da banca, como aconteceu aos supermercados e às empresas energéticas.
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