September 18, 2023

Fui dar com este 🧵 no Twitter

 


Deixo-o aqui. É uma tradução para português (minha) de uma tradução do alemão em inglês, que por sua vez traduziu do russo.


Pedro  -  @mfphhh

⚠️ Importante: Plano russo para a destruição final da Ucrânia 🧵



Académicos russos de renome produziram um documento abrangente de política externa e interna para o governo de 🇷🇺 há algumas semanas, que foi divulgado por um site de notícias russo.

1/20


Em 20 páginas recomenda-se:

-Transferir armas nucleares para países terceiros.

Destruir permanentemente todas as infra-estruturas (incluindo transportes/energia) da Ucrânia, a fim de a transformar numa zona tampão agrícola vazia.

-Deportar pelo menos 1-2 milhões de ucranianos para a Sibéria.

2/20


O autor do estudo é, entre outros, Sergey Karaganov, chefe do Conselho de Política Externa e de Segurança e reitor da Universidade de Economia de Moscovo.

Os membros estão ligados em rede a organizações governamentais influentes.

3/20


Tema essencial:

Uma nova política externa e interna que se afaste do Ocidente e que, supostamente, impulsione a "ordem mundial multipolar".

Para o efeito, a Rússia deveria, entre outras coisas, retirar-se de todos os tratados sobre armas nucleares com os EUA.

4/20

Em especial, recomenda-se à Rússia que se retire da OSCE e do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

A proliferação de armas nucleares em países terceiros poderia promover a "ordem mundial multipolar".

5/20

Uma vez que a política externa da Rússia deve orientar-se mais para a Ásia, é necessária a construção forçada de novas infra-estruturas e de novas grandes povoações e centros na Rússia Oriental/Sibéria.

Existem 2 ideias para a mão de obra necessária para o efeito:

6/20

Por um lado, os direitos e as condições de vida dos trabalhadores convidados da Ásia Central devem ser melhorados e o racismo contra estes grupos étnicos deve ser reduzido.

Por outro lado, a Ucrânia deve ser explorada como recurso humano:

7/20

Os prisioneiros de guerra ucranianos deverão ser utilizados para trabalhos forçados nos grandes projectos de infra-estruturas (construção de estradas e caminhos-de-ferro).

Além disso, 1 a 2 milhões de ucranianos serão inicialmente deportados para as novas zonas de colonização na Sibéria.

8/20

Para além disso, a Ucrânia não desempenha qualquer papel importante nas considerações estratégicas.

O seu território será transformado numa zona tampão despovoada contra o Ocidente.

Não deve haver investimentos na reconstrução da Ucrânia. Pelo contrário: Exige-se uma "tabula rasa".

9/20

Após a ocupação da Ucrânia, todas as suas infra-estruturas devem ser destruídas:

- redes rodoviárias e ferroviárias

- produção de energia

- indústria

- grandes aglomerados populacionais.


No final desta transformação, a Ucrânia deverá ser um quintal agrário despovoado.

10/20

O objetivo é privar permanentemente a Ucrânia da possibilidade de existir como um Estado e uma nação independentes.

Só assim se poderia quebrar definitivamente o "desejo de independência do nacionalismo" ucraniano.

A Ucrânia tornar-se-ia "desinteressante para o Ocidente".

11/20

Para acabar com a guerra na Ucrânia, o relatório sugere ameaças mais credíveis de ataques nucleares preventivos contra os países ocidentais que continuam a fornecer armas à Ucrânia.

[Isto pode explicar algumas "incertezas" no gabinete do chanceler alemão].

12/20

Karaganov tinha recomendado num documento anterior que os ataques nucleares preventivos à Polónia, por exemplo, fossem efectuados imediatamente para dar mais "credibilidade" às ameaças nucleares da RU.

Ele avaliou a probabilidade de uma resposta da NATO como baixa.

13/20

Sergey Utkin já tinha relatado este documento no início deste mês, mas não houve muita reação.

Penso que é importante divulgar mais claramente a posição destas elites russas (que não é apenas Putin) aqui connosco.

14/20
    Janis Kluge  - @jakluge  respondeu
No seu relatório, Lukyanov, Trenin e Karaganov propõem que se discutam ataques nucleares a países da NATO com a China e outros, e que depois se divulguem essas discussões ao Ocidente para reforçar a dissuasão.
Como será que o relatório foi divulgado? twitter.com/usv1980/status...


Na minha opinião, é uma falha sistemática dos principais meios de comunicação social ocidentais não abordarem de forma mais proeminente e mais clara as intenções dos dirigentes russos de destruir a Ucrânia.

O apaziguamento, a relativização e o falso equilíbrio não ajudam.

15/20

Como é possível que 41% dos inquiridos numa recente sondagem pública na Alemanha queiram forçar a Ucrânia a "perder território"?

Eu explico pelo facto de estas pessoas obviamente não saberem NADA sobre os planos russos.

16/20



Não consigo imaginar que uma grande parte da população alemã queira assistir e aprovar a forma como a Rússia implementa os planos fascistas-totalitários de destruição e deportação acima referidos nos territórios "perdidos" da Ucrânia.

17/20

Os planos da RU são conhecidos.

Não são os planos de Putin, são os planos das elites russas.

O documento apela à desestabilização da Europa, económica e politicamente, como um importante objetivo de política externa.

Um ataque contra o qual a Europa, até agora, quase não se defendeu.

18/20

O debate no Ocidente tem de ser finalmente virado da cabeça aos pés.

Não: não pode haver qualquer negociação com um Estado como a Rússia, cuja maioria da população participa ativa e conscientemente numa guerra de aniquilação e cujos dirigentes violam todos os tratados.

19/20

A Rússia é o nosso inimigo actual.

A maioria da população russa é hostil ao Ocidente. Seja por lavagem cerebral, oportunismo, ideologia.

Não existe um terreno comum para negociações.

Vamos opôr-nos a esta ameaça, apoiando inequivocamente a Ucrânia.

20/20


Relatório original:

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