July 08, 2023

Exames nacionais

 


Ontem seis horas nisto, hoje cinco. É quase impossível ter má nota nestes exames, quer dizer, é preciso ser mesmo calão e cábula porque o exame está feito para os alunos não terem que estudar muito. Só a escolha múltipla vale mais de metade do teste e mesmo nesse grupo, há perguntas que, tendo mau resultado, são descartadas. Só contam os melhores resultados. No resto do exame é a mesma coisa: os alunos respondem a seis questões, mas o programa só conta quatro: as que têm melhores resultados (naturalmente aqui os palhaços dos classificadores têm que ver tudo...). Portanto, a lógica é a seguinte: para que os alunos não tenham que estudar tudo, fazem perguntas sobre tudo mas só contam as melhores de maneira que eles possam falhar uma série delas. Neste contexto, exames que têm respostas desastrosas têm notas razoáveis ou até boas. Basta que tenham feito a maioria da escolha múltipla bem (são fáceis) e mais duas das outras, por exemplo. O resto pode estar miserável ou podem até nem fazê-las. Até os descritores para classificar cada pergunta são construídos de maneira que a resposta pode estar fraca mas como diz uma palavra ou uma frase, já leva pontos de cotação. Por exemplo, o aluno não argumenta a sua posição mas tem "uma intenção argumentativa"... enfim...


2 comments:

  1. Não entendo a razão de ainda se chamarem exames. Não deviam mudá-los de nome? Chamar as coisa pelos nomes, aprendemos nós, é uma forma de respeitá-las.

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