Por não querer fazer parte da instrumentalização do S.TO.P. para fins partidários. Se era esse o caso, ainda bem que o fez.
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O líder do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.TO.P.), André Pestana, anunciou a sua demissão do Movimento Alternativa Socialista (MAS), por “uma ação destrutiva contra a liderança histórica do partido” levada a cabo por um grupo interno.
“Após mais de 10 anos de militância no MAS, que ajudei a fundar, verifico hoje que um grupo lançou uma ação destrutiva contra a liderança histórica do partido e contra militantes que têm estado na primeira linha das grandes lutas laborais, o que me leva a concluir, com tristeza, que no momento atual, este já não é o espaço onde me sinto útil para lutar por um país/mundo mais justo, por isso demito-me do MAS”, disse, em comunicado inicialmente noticiado esta terça-feira pela RTP e que o Notícias ao Minuto obteve junto do próprio.
A mesma nota, datada de 10 de julho, ressalvou que, na fundação do S.TO.P., em 2018, o responsável nunca permitiu que este “deixasse de ser apartidário”, ainda que pertencesse ao MAS.
“Precisamente pelas más experiências que tive em alguns dos partidos anteriores que viam o sindicalismo como correia de transmissão e controlo partidário, fui um acérrimo defensor dessa independência e apartidarismo do S.TO.P.”, ressalvou.
E prosseguiu: “Que me perdoem os mais distraídos mas tudo o que fazemos (e mesmo o que não fazemos) em sociedade é política. Defender a Escola Pública, a Saúde Pública, um planeta ecologicamente sustentável, o direito à greve e à manifestação, lutar contra a precariedade, o racismo, o machismo, a LGBTfobia, as diferenças crescentes entre os muito ricos (meia dúzia) e os muito pobres (muitos milhões de seres humanos), lutar pelo bem comum, etc. tudo é política.”
André Pestana assegurou ainda que continuará a focar-se “na defesa da Escola Pública e no reforço de um sindicalismo independente, democrático e combativo”.
“Durante os próximos meses continuarei a refletir, pela primeira vez como adulto de forma individual, como poderei contribuir para um país/mundo mais justo e sustentável. Não aceito que a extrema-direita seja vista erradamente como a única alternativa ao centrão (PS/PSD) que temos tido e à geringonça (PS/PC/BE), quando precisamente aí foram realizados os maiores ataques ao direito à greve desde o 25 de abril”, argumentou.
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Partido lamenta “demissão do camarada”
fonte: lider-do-stop-demite-se-do-mas
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