As verdadeiras intenções de António Costa permanecerão para sempre desconhecidas. Mas isto sabemos: as prioridades dos nossos governantes andam trocadas. Quando li que o memorial em homenagem aos 115 mortos nos fogos de 2017 havia sido inaugurado em Pedrógão sem a presença de ministros nem do Presidente da República, ainda pensei que o financiamento tivesse sido privado ou autárquico, e que os familiares das vítimas exigissem políticos à distância. Afinal, não. Foi só desinteresse ou distracção. A dona da obra é a Infra-Estruturas de Portugal, que está sob a alçada dos ministros João Galamba e Fernando Medina, ocupadíssimos com a comissão de inquérito à TAP. Entretanto, o país real limitava-se a ver passar os aviões. Duro destino.
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