Fui à farmácia. A meu lado uma senhora ia comprar Buscopan, um medicamento vulgar. Está esgotado nas fábricas. O Ulcermin, outro medicamento vulgar, continua racionado.
A filha de uma colega teve antes de ontem um bebé, num hospital público de Lisboa. Primeiro filho. Estava com pré-eclampsia e precisou de fazer análises antes do parto. Trocaram as análises com as de outra pessoa e só se percebeu porque deram-lhe os resultados de análises de urina, que ela não fez... depois, já em trabalho de parto, induzido, não havia médicos, só enfermeiros que fizeram vários erros grosseiros de medicação (ela é farmacêutica e ia chamando a atenção dos enfermeiros para para os erros) como por exemplo, tentarem dar-lhe oralmente comprimidos vaginais. Aquilo foi um horror que durou 48 horas.
Ouço dizer que nunca houve tanto dinheiro, que a economia vai muito bem e que há gente a melhorar muito de vida. Quando será que a melhoria chega à saúde e à educação? Penso que nunca, com este pessoal que lá anda.
Espero que façam um filme dessas coisas maravilhosas que estão a acontecer na economia para o resto do povo ver como é.
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