O problema não é novo, mas tem vindo a agudizar-se. Um levantamento recente feito pelo Banco de Portugal concluiu que 42% de freguesias não têm acesso a nenhum terminal e que há vários municípios, rurais e urbanos, obrigados a desembolsar centenas de euros por mês para garantir um serviço que devia ser prestado pelos bancos (não há muitos anos, era a Banca que dispensava centenas de euros às freguesias para ter uma caixa).
Para uma fatia considerável da população menos familiarizada com o homebanking, o multibanco continua a servir para efetuar pagamentos essenciais, como a energia e as telecomunicações. O ato de efetuar operações bancárias físicas, e à cabeça a necessidade de ter acesso a dinheiro vivo para cumprir rotinas básicas, como comprar pão, fruta ou o jornal, não devia constituir uma excentricidade.
(...)
A Banca, todos o sabemos, não está preocupada com a coesão territorial [...] mas a Caixa Geral de Depósitos, como banco do Estado, [tem que fazer] muito mais. Pelas razões óbvias, mas sobretudo porque teve um lucro de 843 milhões de euros. Contribuir para a coesão nacional também é uma forma nobre de distribuir dividendos.JN
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