Alexandre, O Grande, a olhar as estrelas com um ar absorto, sonhador. Belíssimo este medalhão. Um trabalho extraordinário e cheio de sensibilidade estética. A expressão dele, tão viva. Os pormenores do escudo mostram signos do horóscopo, portanto, do destino que ele perscruta nas estrelas, talvez.
Olhar as estrelas e sonhar pertence a todas as épocas - excepto à nossa porque as estrelas deixaram de ver-se na nossa vida de iluminação urbana.
Na sua couraça pode ver-se, no ombro, Atena e no peito, uma cena da Gigantomaquia (Guerra dos Gigantes). No verso vemos Alexandre e Nike, deusa da vitória, montados numa carruagem, ladeados pelas divindades Roma e Marte. Lindo, lindo.
Gulbenkian, em 1947 ou 49, comprou 11 destes medalhões encontrados no Egipto. Num deles, lembro de vê-lo de perfil com o corno de Ammon a sair dos caracóis, também parece estar a olhar as estrelas.
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