May 16, 2023

Na educação tudo está um bocadinho mais caótico




A resposta do ME é, como de costume e na senda da do primeiro-ministro, no pasa nada, tudo corre pelo melhor, estamos a solucionar tudo... só que até um cego já vê que é tudo mentira.

27 agrupamentos de exames bateram com a porta


Desde o meio da tarde desta segunda-feira, as "demissões" começaram a multiplicar-se, começando com os responsáveis pelos exames da zona Norte, seguindo-se o Centro e, finalmente, Lisboa.

Todos os agrupamentos de exames - responsáveis pela elaboração e classificação de provas - do Norte, Centro e Sul bateram com a porta, desagradados com a "desconsideração pelo seu trabalho por parte do Ministério da Educação (ME)".

O DN apurou com várias fontes que, desde o meio da tarde desta segunda-feira, as "demissões" começaram a multiplicar-se, começando com os responsáveis pelos exames da zona Norte, seguindo-se o Centro e, finalmente, Lisboa. Há, a nível nacional, 35 agrupamentos de exames. Norte, Centro e Lisboa totalizam 27

Recorde-se que esta semana ficará marcada pela realização de provas de aferição do 5º e 8º ano.

Questionada pela DN, uma fonte afirma que o braço de ferro entre os coordenadores de agrupamento de exames e o ME poderá pôr em causa a realização das provas, bem como a sua classificação. Contudo, a lei prevê que os coordenadores de exames se devem manter em funções até que se encontrem substitutos, mas também prevê a possibilidade de demissão por parte dos docentes que integram as equipas de coordenação. Sabe o DN que os professores já manifestaram essa vontade, caso não haja entendimento entre o ME e os coordenadores de exames. Neste cenário, a realização de exames nacionais estaria comprometida.

Os coordenadores de agrupamentos de exames têm vindo a mostrar desagrado desde o corte salarial, aquando da troika. À questão salarial somam-se pedidos para rever outras condições laborais, como a carga horária para os professores que são responsáveis pela elaboração dos exames em simultâneo com a sua atividade letiva nas escolas onde estão colocados.

Questionado pelo DN, o Ministério da Educação afirma que "tem estado a acompanhar a situação das estruturas do Júri Nacional de Exames, estando envolvido na procura de soluções que venham a garantir o pleno funcionamento das mesmas"."No quadro atual, a realização das provas de aferição encontra-se assegurada, cumprindo-se a calendarização prevista", acrescenta o ME.

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