Leio que antes de ontem o primeiro-ministro foi para o concerto dos Coldplay enquanto Galamba se enlameava no Parlamento. Obviamente uma bravata. O primeiro-ministro pensa que está numa competição com os portugueses ou com o Presidente quando ignora ostensiva e olimpicamente os terramotos provocados pelos seus governantes e se vai exibir a rir e dançar em concertos enquanto tudo treme. Comporta-se como se a política fosse um mero jogo. Há um grande desacerto de perspectiva nisto tudo porque ele não é primeiro-ministro para ganhar pontos num jogo. Isto não é um jogo, são as nossas vidas e o nosso futuro.
Ontem li num título de jornal que o Estado já devolveu mil e quinhentos milhões aos portugueses em IRS, como se isso fosse uma grande coisa. O mesmo Estado cobrou este ano aos portugueses 100 mil milhões em impostos.
Costa e Medina cobraram 100 mil milhões em impostos. Costa tem 60 mil milhões da UE. Nunca houve tanto dinheiro para resolver problemas, porém, os serviços que dependem do Estado estão com a corda ao pescoço com muito orgulho de Costa e Medina: não há médicos e hostilizam-se os que há, não há enfermeiros e hostilizam-se os que há, não há professores e hostilizam-se os que há, hostilizam-se os oficiais de justiça, não há bebés a nascer em número suficiente para sobrevivermos enquanto país mas desprezam-se as grávidas, não há água mas despreza-se a agricultura, etc....
Há aqui um grande desacerto de perspectiva. O primeiro-ministro perdeu de vista os propósitos do seu posto de trabalho.
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