Todos os dias passo pelas traseiras do hospital aqui de Setúbal, a caminho da escola. Uma área grande que era o parque de estacionamento está agora em obras. Vai nascer um novo edifício do hospital. Não sei é para quê, dado que não há médicos que queiram ir para o SNS, os enfermeiros fogem do país, não há compressas, não há betadine, não há...
Prognóstico: em breve a profissão de médico vai implicar comprar a sua bata, as compressas que usa, o betadine e demais instrumentos do ofício, como acontece com a profissão do polícia, que paga a sua arma e a farda e a do professor, que paga os materiais que usa (canetas, papel, computador, formações, etc.). Entretanto, a profissão do político e a do gestor público, numa direcção diametralmente oposta, exige automóveis de grande cilindrada, ajudas de custo de milhares de euros para ir do Rossio à Betesga, indemnizações por trabalhar 6 meses, indemnizações por resolver ir trabalhar para outro sítio, lagosta no restaurante da AR, cargos para a família e amigos, dúzias de assessores etc.
Médicos do Norte e Centro reforçam urgências nas Caldas e Setúbal
A medida é voluntária e integra o "Plano Nascer em Segurança no SNS" para os meses de abril e maio. E, neste momento, mais de uma dezena de médicos especialistas e internos já a aceitaram e preparam-se para vir fazer urgências de obstetrícia-ginecologia nos hospitais mais carenciados de Lisboa e Vale do Tejo. O bastonário da Ordem e o presidente do Colégio da Especialidade dizem que não é uma solução, mas "mais um remendo".
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