February 16, 2023

Estou a ler um livro fascinante

 


Chama-se, Os livros que fizeram o Iluminismo europeu. E começa assim:

Podia estar a falar da internet 🙂

O livro é uma abordagem ao Iluminismo diferente de tudo o que já li. Aponta a lanterna para os hábitos de publicação e leitura que se espalharam como um rastilho pela Europa (mudaram os discursos, os interesses, as exigências relativamente aos governantes, etc.) e analisa a circulação e o efeito de 12 livros escolhidos, na mudança social. O que vemos é uma imagem diferente da que tínhamos -que eu tinha, pelo menos- de o Iluminismo ser consequência de um punhado de escritores e filósofos cujas ideias circularam entre outros homens e através deles penetraram no tecido social. Nada disso. Nada disso. Fascinante.

Acabei o 1º capítulo que trata de mostrar como os livros eram publicados, quem os lia, como circulavam e por onde e quais os títulos que fizeram bestsellers e tiveram trinta edições ou assim. Uma dica: não foram os filósofos e muito menos os religiosos.


3 comments:

  1. É para adivinhar a resposta? Ou para ler o livro e ficar sabendo? Infelizmente o meu inglês não dá para tanto. Se for adivinha, há que dar a resposta. Afinal, quem foi?

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  2. Não. Não é para adivinhar. Foi uma maneira de falar - talvez para suscitar curiosidade… Defeito profissional…
    O que mais se lê são livros políticos e de organização social - leis. As pessoas acabavam de descobrir que podiam ler e pensar sobre assuntos que costumavam estar reservados às autoridades. Depois lia-se romances, história, biografias, poesia, relatos de viagem e novelas eróticas (estas às escondidas porque eram proibidas) Liam-se ensaios escritos para o povo entender. Adam Smith e depois Hume escreveram versões das obras para serem consumidas. Os livros mais eruditos tinham uma circulação fechada. Entre académicos e outros -poucos- interessados e interessadas. As mulheres liam mais que os homens apesar de serem alfabetizadas em menor número. Muitas eram editoras - ficavam com as editoras de pais e maridos que morriam.
    O interessante é que deixa de haver interesse em livros religiosos, de sermões e isso e também de livros anti-religiosos. O assunto desaparece lá pelo século xviii - xix

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  3. O comentário é meu. Aparece anónimo. Beatriz

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