February 22, 2023

25 de Fevereiro - Marcha pela escola pública

 

Não é com agrado que andamos nestas marchas e manifestações dia sim, dia não. Uns, como eu, porque não temos vocação para ajuntamentos e manifestações, outros porque vêm de muito longe, de Bragança, por exemplo e custa levantar às 4 da manhã e passar horas imensas fechados num autocarro para depois estar em pé 4 horas e voltar a estar horas e horas fechados até chegar a casa.

No entanto, todas as semanas, mais coisa, menos coisa, dezenas de milhares de professores fazem esse sacrifício. Estão -estamos- determinados a não deixar morrer a escola pública, seja pela destruição da nossa profissão, seja pelas políticas miserabilistas do ministro da educação. 

É preciso notar que somos 140 mil pessoas. Entre nós há os que defendem políticas de exames desde a primária e os que defendem o fim dos exames; há os que defendem só se usar tecnologias digitais em tudo e há os que são contra as tecnologias tout court - e no meio desses extremos há toda uma escala de moderados, como eu, com imensas nuances que nos diferenciam. No entanto, no que respeita ao mal que andam a fazer à profissão dos professores e de outros que trabalham nas escolas e à própria escola pública, estamos todos de acordo.

NINGUÉM QUER SER PROFESSOR DESTA CARREIRA E DESTA ESCOLA e não se percebe em que mundo vivem o ministro da educação e o primeiro-ministro-ministro para dizerem que vai tudo de vento em popa e que as negociações são produtivas. Dezenas de milhar de professores, na rua, todas as semanas a protestar contra a situação: qual é a parte de isto não estar bem que não percebem?




No comments:

Post a Comment