O resultado aqui enunciado é piorar ainda mais o trabalho dos professores: pessoas licenciadas ou. nem isso mas, mesmo quando formadas, sem curso de especialização para a docência, com mais turmas cada uma e mais alunos por turma. Uma fábrica como era nos anos oitenta quando comecei a trabalhar em que cheguei a ter turmas de 48 alunos num horário com 8 turmas. E acham que assim vão atrair professores...? Há um preconceito tão grande contra os professores por parte das nossas pseudo-elites, que preferem destruir a escola a tratarem os professores decentemente.
Isto revolta. Tenho bastantes posts no outro blog, desde 2010-11 a falar de não se desaproveitar o excesso de professores que havia, porque já então em Inglaterra e nos EUA havia falta de professores e era evidente que isso havia de cá chegar. Isto foi quando o Crato garantia que podíamos despedir professores à vontade porque em meia dúzia de anos não existiriam alunos. Pois, agora é o que se vê.
E não é triste que seja sob um governo de esquerda que se destrói a escola pública? Que longe estamos do 25 de Abril para vermos um governo de esquerda atacar o direito à greve, intimidar professores porque são solidários com quem ganha menos... epá, não sei... eu nem sequer sou de esquerda, mas foi para isto que houve gente nas prisões da PIDE?
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Fundação Francisco Manuel dos Santos
Financiado por Fundação Francisco Manuel dos Santos ·
Há muito que os problemas da carreira docente em Portugal são conhecidos. Há um ano, a diretora da Pordata Luísa Loura alertava para as reformas massivas de professores e a falta de novas entradas nos mestrados que dão acesso à carreira docente deixariam, dentro de um ano, 110 mil alunos sem aulas a pelo menos uma disciplina. «Um número que, daqui a 3 anos, atingirá os 250 mil estudantes, ou seja, mais de metade dos alunos».
Com a manifestação dos professores em Lisboa, este sábado, recorde aqui o texto, clicando diretamente nesta imagem.
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Há muito que os problemas da carreira docente em Portugal são conhecidos. Há um ano, a diretora da Pordata Luísa Loura alertava para as reformas massivas de professores e a falta de novas entradas nos mestrados que dão acesso à carreira docente deixariam, dentro de um ano, 110 mil alunos sem aulas a pelo menos uma disciplina. «Um número que, daqui a 3 anos, atingirá os 250 mil estudantes, ou seja, mais de metade dos alunos».
Com a manifestação dos professores em Lisboa, este sábado, recorde aqui o texto, clicando diretamente nesta imagem.
Resultado:
O débito do pipeline da formação de professores por parte das universidades é, de há 10 anos a esta parte, de tal modo insuficiente que não vai mesmo haver alternativa a não ser tomar medidas de recurso: permitir um maior peso de professores sem habilitação profissional no sistema; redução das horas de apoio ao estudo; aumento significativo do número de alunos por turma.
Dez anos de débito reduzido tornam muito pouco provável que ainda haja professores com qualificação profissional nestes grupos de recrutamento a aguardar por colocação. Os poucos que têm vindo a ser formados foram já, certamente, absorvidos.
Dez anos de débito reduzido tornam muito pouco provável que ainda haja professores com qualificação profissional nestes grupos de recrutamento a aguardar por colocação. Os poucos que têm vindo a ser formados foram já, certamente, absorvidos.
Artigo completo com gráficos, aqui.
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