Aquela que se chama, 'a geração mais qualificada de sempre', na prática é apenas, 'a geração com mais certificados de sempre', o que é muito diferente. Quando acabas com avaliações independentes e exigentes, quando reduzes o ensino a aprendizagens mínimas, quando instauras o direito à falta sem consequências e a proibição de reter alunos (pela razão de não saberes resolver o problema do ensino e matares o assunto com a progressão automática de todos), a consequência é o sucesso estatístico, evidenciado pelo número de certificados que entregas aos alunos que vão passando de grau em grau até ao mestrado porque também a universidade precisa de mostrar taxas de sucesso para obter os seus subsídios estatais e recrutar alunos que paguem propinas. Quem beneficia com isto não são os alunos, mas o currículo do ME onde aparece que no seu reinado (digo reinado porque ele deve pensar que é rei) houve progressões miraculosas de sucesso escolar. Isso serve-lhe a ele mas não aos alunos e o que este senhor diz aqui neste artigo, é demagogia. Se tivemos uma progressão enorme na educação após o 25 de Abril é porque passámos de ter um número residual de estudantes para lá da escola primária para tê-los lá todos, de maneira que a nossa progressão é em flecha comparada com os outros países que já tinham taxas de alfabetização de 95% e agora progridem lentamente... evidentemente... é como quando fazes uma dieta e começas com 120 quilos. Ao princípio fazes uma progressão espectacular e perdes logo 30 quilos de repente e o outro, que só precisa de perder 5 quilos, progride lentamente. Este indivíduo fala como se estivéssemos no melhor dos mundos, mas a questão é que sabemos que temos 4.5 milhões de pobres (onde há meia dúzia de anos eram 2 milhões e picos) e fomos ultrapassados pela Roménia.
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