Foi hoje, ao fim de quatro anos inteiros de sair a legislação acerca da devolução de parte do tempo de serviço, que me repuseram os dois anos e nove meses, dos nove anos e muitos meses que nos roubaram. Já não sei a quantidade de vezes que me disseram que era agora ou era no mês que vem ou de certeza que era nos próximos meses. Uma ou duas vezes acreditei e depois fiquei completamente furibunda. Se isto me prejudicou? Sim, claro. Imensa gente atrás de mim passou-me à frente e depois, emagrece-me a reforma, evidentemente, ter estado anos num escalão com um vencimento menor. Por conseguinte, aquilo que normalmente nos deixaria satisfeitos, a valorização do trabalho, deixa-me com um amargo de boca: vem muito tarde e é pouco para o que trabalhei. Saiu a ferros, como se fosse um grande favor que me fazem e não um problema de justiça e causou-me muitas vezes, enorme stress (tenho uma doença e uma incapacidade associada que me custa muito dinheiro), que é uma coisa que eu tenho mesmo de evitar por causa da minha doença. O que entendo por isto é que, para os ministros e para o governo em geral, tanto lhes faz que os professores sejam bons como maus, quer é que sejam baratos. Aliás, se forem maus, é melhor, porque são mais manobráveis. É desmotivante.
No comments:
Post a Comment