The Bathing Pool, c. 1753. Hubert Robert
Hubert Robert foi um pintor parisiense do Romantismo, conhecido especialmente pelas suas pinturas de ruínas.
Robert terminou os seus estudos com os Jesuítas no Collège de Navarre em 1751 e entrou no atelier do escultor Michel-Ange Slodtz, que lhe ensinou desenho e perspectiva, mas o encorajou a voltar-se para a pintura. Em 1754 partiu para Roma no comboio de Choiseul, filho do patrão do seu pai, que tinha sido nomeado embaixador francês e se tornaria Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Luís XV em 1758.
Passou onze anos em Roma.
Trabalhou no estúdio de Pannini e passava o tempo na companhia de jovens artistas do círculo de Piranesi, cujos capriccio de ruínas o influenciaram muito. Os álbuns de esboços e desenhos que reuniu em Roma forneceram-lhe motivos que ele trabalhou em pinturas ao longo da sua carreira.
O seu sucesso no seu regresso a Paris em 1765 foi rápido: no ano seguinte foi recebido pela Académie royale de peinture et de sculpture, com um capriccio romano".
Robert foi preso em Outubro de 1793, durante a Revolução Francesa. Durante os dez meses da sua detenção em Sainte-Pélagie e Saint-Lazare, fez muitos desenhos, pintou pelo menos 53 telas e pintou numerosas vinhetas da vida prisional. Foi libertado uma semana após a queda de Robespierre e escapou por pouco à guilhotina quando, por erro, outro prisioneiro com um nome semelhante foi guilhotinado no seu lugar. Posteriormente, foi colocado no comité do novo museu du Louvre.
Hubert Robert põe cenas da vida quotidiana do presente no meio das ruínas clássicas e as pessoas parecem passar por elas sem reparar. É uma maneira de mostrar a efemeridade da vida, das culturas e das civilizações que vão decaindo ao ponto da indiferença comum. Só uma ou duas pessoas param a reparar nas obras antigas, apesar delas serem o contexto físico e filosófico-cultural do quotidiano delas. Como aqui nesta pintura onde jovens se vêm banhar aos pés de uma escadaria de um edifício com as colunas e as esculturas clássicas já meio engolidas pela natureza.
Nas pinturas pós-revolução, como em, Vue imaginaire de la galerie du Louvre, Hubert Robert lamenta-se da destruição da cultura francesa e de tudo o que a fazia única.
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