November 09, 2022

Dinheiro e controlo

 


Passam à frente dos interesses da educação. 


Professores vão passar para mapas de pessoal intermunicipais

A partir do ano letivo 2023-2024, os professores contratados vão ser recrutados por conselhos de diretores locais. Todos os docentes, incluindo os de quadro, vão integrar mapas de pessoal intermunicipais, revelou, esta terça-feira, o secretário-geral da Federação Nacional de Professores após reunião com o ministro da Educação.

A Fenprof entregou esta tarde a João Costa um abaixo-assinado subscrito por 20 mil professores contra a possibilidade de recrutamento direto pelas escolas. "O que está agora em cima da mesa é muito pior e na próxima reunião em vez de trazermos assinaturas, trazemos os professores", afirmou Mário Nogueira à saida do Ministerio.

A proposta do Ministério da Educação (ME), explicou Nogueira, é que deixem de existir quadros e os professores fiquem afetos a mapas de pessoal interconcelhios, "mais ou menos com a dimensão das áreas metropolitanas ou das comunidades intermunicipal" (CIM). Ou seja, a partir do ano letivo de 2023-2024, os conselhos de diretores escolhem os contratados e à medida que esses reunirem os requisitos de entrada nos quadros passam "à frente de quem há anos está colocado longe de casa". 
O ME quer passar os concursos internos, que se realizam de quatro em quatro anos, para uma periodicidade de cinco anos, mas quando os docentes de quadro concorrerem para se tentarem aproximar de casa "já todas as vagas estarão preenchidas", prossegue Mário Nogueira.

O secretário-geral da Federação Nacional de Professores garante que nesta reunião o ministro não mencionou qualquer percentagem de recrutamento pelos diretores.

"O que nos parece que está por trás é que neste momento são as CIM e áreas metropolitanas que concorrem a fundos europeus através de projetos, que podem ser para escolas. Os conselhos de diretores vão escolher os professores em função de perfis adequados aos projetos. Logo os seus salários podem passar a ser elegíveis para serem pagos pelos fundos", argumenta o líder da Fenprof, antecipando uma "forte rejeição" da classe à proposta.

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