Cada vez fica mais claro que este é uma guerra entre os regimes onde os governantes respeitam os outros seres humanos e regimes onde os governantes não respeitam os outros seres humanos: democracias e ditaduras colonialistas.
Xi, que revogou as medidas da China pós-Mao de limitar os mandatos da liderança a dois, para evitar a tentação do poder absoluto com a consequente corrupção absoluta, diz que a China é uma inveja para todos os países socialistas porque evitou o destino da URSS que, nas suas palavras, já teve muito poder e hoje é uma sombra - os países depois da sua queda escolheram o caminho do capitalismo.
Aqui há duas questões:
1. a URSS, como a China não são países socialistas por vontade do povo mas por imposição brutal - aliás nem são socialistas sequer, porque ao contrário do que diz Xi, a China não é, liderada pela classe trabalhadora e baseado na aliança operário-camponesa", assim com a Rússia também não o é. Um e outros são liderados por um ditador quasi-absoluto (embora a China ainda tenha um simulacro de liderança colectiva que Xi está a tentar destruir) que obriga a população a submeter-se ou a sujeitar-se à prisão, à tortura e à morte.
2. A URSS não era uma «união» de países soviéticos socialistas, como diz a sigla (URSS), mas uma ditadura opressiva colonialista que obrigou países inteiros a submeter-se ou a sujeitar-se à fome, à prisão, à tortura e à morte.
Xi gaba-se dos países 'socialistas' estarem a crescer. O que ele quer dizer é que as ditaduras do tipo imperialista ou colonialista (externa ou interna) existem e têm admiradores entre os ditadores: veja-se o grupo que se juntou ali na fotografia.
Portanto, Xi, admira o poder que a URSS teve, da maneira como o teve e quer ter um poder igual.
De maneira que é claro que esta é uma luta de regimes que não reconhecem leis internacionais e querem o poder total a qualquer custo e regimes que querem um poder assente em leis internacionais.
É evidente que, se a Ucrânia não vence esta guerra terrorista da Rússia, ficamos com um grave problema mundial com os regimes dos dois maiores países do mundo a invadir tudo à volta e a levar outros pelo mesmo caminho.
Putin já disse que é essa a sua intenção e a China já invadiu o mar da China contra a ONU e ameaça constantemente Taiwan à qual chama, 'um problema interno da China', da mesma maneira que Putin chamava à Ucrânia um problema interno da Rússia.
Nós queixamo-nos da demora em enviar armas para a Ucrânia e criticamos o Kanzler alemão pela sua cobardia, mas isso é a democracia a funcionar: não estamos em regimes que uma pessoa decide sozinha e faz como quer e os outros ou amocham ou caem das janelas ou morrem a beber chá.
Os regimes que neste momento ameaçam as democracias são dos piores: têm governantes predadores que prendem e matam todos os que se atravessam no caminho -até o seu próprio povo-, sem o menor escrúpulo.
A China tem aquele sistema de recompensas e pontos sociais negativos verdadeiramente assustador onde as pessoas são vigiadas noite e dia e objecto de bullying social.
As democracias são regimes inclusivos e plurais e as ditaduras são regimes exclusivos e unilaterais: a única pessoa que têm valor é o ditador e os outros são todos descartáveis.
É preciso armar a Ucrânia e manter firme o apoio aos ucranianos.
@christogroze
Xi Jiping declarou que a chave para o sucesso da China foi a determinação do país em traçar o seu próprio curso e não seguir os modelos de governação de outros.
(...) pedindo aos funcionários que mantenham o "espírito revolucionário" e estejam sempre prontos para autorreflexão e autocorreção.
Sem esse exercício, "mesmo o regime mais poderoso" entraria em colapso, advertiu Xi, observando que a queda repentina, na década de 1990, da União Soviética e do bloco comunista, levou a um período de dificuldades sem precedentes para o movimento socialista global.
Muitos países em desenvolvimento abandonaram o caminho socialista para copiarem o modelo ocidental, disse Xi.
Muitos países em desenvolvimento olham para a China com inveja e querem aprender sobre a nossa experiência de governação", considerou.
"O socialismo com características chinesas tornou-se o porta-estandarte do desenvolvimento socialista do século XXI", acrescentou.
"A União Soviética foi tão poderosa, e hoje é apenas uma memória longínqua", lembrou.
Constitucionalmente, a China define-se como "um estado socialista liderado pela classe trabalhadora e baseado na aliança operário-camponesa". O marxismo-leninismo continua a ser "um princípio cardial" do PCC.
@christogroze
Xi Jiping declarou que a chave para o sucesso da China foi a determinação do país em traçar o seu próprio curso e não seguir os modelos de governação de outros.
Presidente chinês, Xi Jinping, defendeu esta sexta-feira que o Partido Comunista Chinês (PCC) é agora o "porta-estandarte" do movimento socialista global e "deve aprender a autocorrigir-se constantemente", para evitar o destino da União Soviética.
(...) pedindo aos funcionários que mantenham o "espírito revolucionário" e estejam sempre prontos para autorreflexão e autocorreção.
Sem esse exercício, "mesmo o regime mais poderoso" entraria em colapso, advertiu Xi, observando que a queda repentina, na década de 1990, da União Soviética e do bloco comunista, levou a um período de dificuldades sem precedentes para o movimento socialista global.
Muitos países em desenvolvimento abandonaram o caminho socialista para copiarem o modelo ocidental, disse Xi.
Muitos países em desenvolvimento olham para a China com inveja e querem aprender sobre a nossa experiência de governação", considerou.
"O socialismo com características chinesas tornou-se o porta-estandarte do desenvolvimento socialista do século XXI", acrescentou.
"A União Soviética foi tão poderosa, e hoje é apenas uma memória longínqua", lembrou.
Constitucionalmente, a China define-se como "um estado socialista liderado pela classe trabalhadora e baseado na aliança operário-camponesa". O marxismo-leninismo continua a ser "um princípio cardial" do PCC.
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