August 23, 2022

Misturar alhos e bugalhos

 


O título faz parecer que o artigo é sobre manuais escolares, mas é sobre uma salganhada de assuntos para frisar veementemente que há um preconceito contra a escola privada e que o Estado devia apoiar o ensino privado.

Bem sei que as pessoas da IL querem muito o cheque-ensino e as escolas privadas financiadas com dinheiros públicos, mas isso na prática significa desviar o dinheiro do investimento na escola pública para o investir no ensino privado. Ora, desde quando o Estado tem obrigação de financiar a iniciativa privada? Percebo, vêem o regabofe dos bancos privados que vivem de sacar dinheiros públicos e também querem, mas não pode ser.

Quanto à ideia das escolas construirem os seus conteúdos, construirem os seus PP e slides (e até sebentas), pois nós professores já o fazemos há muito tempo, mas não como conteúdo próprio e exclusivo porque o ensino obrigatório tem um currículo obrigatório. As universidades, que dá como exemplo, não são exemplo porque não estão obrigada a um currículo comum. Cada universidade tem o seu departamento que constrói o seu currículo. As escolas têm um currículo comum de maneira que necessitam de livros/manuais, construídos para garantir que os alunos têm acesso aos conteúdos programáticos fixados a nível nacional. Os manuais que existem são visionados para garantir que cumprem esses quesitos e, carecem de aprovação da tutela para serem usados, o que não seria possível se cada escola/professor fizesse o seu manual, à sua maneira.




2 comments:

  1. Que confusão vai na cabeça desta rapariga!
    O ano passado lecionei a turmas do sétimo, nono, décimo e coadjuvava o décimo primeiro. Havia de ser giro produzir manuais e cenas para esses alunos todos.

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