August 23, 2022

Caos e ordem

 


Nesta breve história da China que estou a ler, as dinastias sucedem-se como sequências de caos e ordem. Uma pessoa assalta o poder e instaura uma dinastia que será mais confuciana ou daoísta consoante for mais severa e deontológica ou relativista e fluída como a água. Essa dinastia prospera. Geralmente tem uma característica que lhe marca a personalidade: ou são guerreiros, ou são organizadores político-sociais, etc. A certa altura a corrupção, que vai sempre crescendo à medida dos interesses das famílias e oficiais que rodeiam o imperador, desagrega a sociedade que se torna um alvo fácil de assalto. Após um período de caos, uma outra dinastia começa. Tem sido assim até agora e vou no século IX, na dinastia Tang, que inaugurou uma época de poesia, como se pode ler aqui.

A língua que chamamos mandarim é muito complexa. A fonética importa no que respeita ao sentido de uma palavra numa frase. Por ex., se dizemos a frase com uma entoação a subir de tom ela tem um sentido e se a dizemos a descer de tom tem outro.

No século III AEC, quando a China era um pedaço, não unificado, do que é hoje em termos de território, os chineses já eram 36 milhões!

Talvez se deva ao facto dos ricos terem muitas concubinas e, por isso, muitos filhos?

Uma coisa que estranhamos é a China não ter monumentos muito antigos, como existem no Mediterrâneo e na Europa, com excepção das famosas muralhas.

4 comments:

  1. A ideia do despojamento parece-me uma via saudável para a espiritualidade. Admiro o seu interesse pela história da China.
    Sendo povo tão antigo, a questão interessou-me, por que razão terão tão poucos monumentos? Será pelas diferenças religiosas, pelos princípios que orientam a vida dos humanos, ou por razões próprias que desconhecemos.
    Bom Dia

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  2. Eles pensam que é por serem uma nação sempre em movimento, sempre em adaptação de maneira que deixar monumentos os farias parados. Esta explicação parece-me especiosa. Diria que tem mais que ver com a violência das dinastias que arrasavam tudo o que tinha sido ao ponto de matarem as famílias dos anteriores.
    Bom dia.

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  3. Quem se ergue sobre o sangue dos outros deixa-me na dúvida.

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  4. É a história humana quase toda...

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