A Comissão Europeia, AKA, os alemães foram a correr acalmar os russos arranjando uma maneira de não os chatear... é claro que Putin já capitalizou: anunciou que negociou com a UE, com sucesso, o desbloqueio e, como é costume nele, um narcisista sádico, quando cheira fraqueza perde o respeito e escala a agressividade.
Mercadorias sancionadas para Kaliningrado podem transitar pela Lituânia por via ferroviária, diz Bruxelas
A Comissão Europeia emitiu novas directrizes, dizendo que não se aplicam sanções ao trânsito ferroviário através da Lituânia para Kaliningrado da Rússia. No documento publicado na quarta-feira, a Comissão afirmou que o trânsito ferroviário só pode ser utilizado para satisfazer as necessidades de bens essenciais em Kaliningrado.
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Segundo o antigo primeiro-ministro e membro do Parlamento Europeu da Lituânia, Andrius Kubilius, é provável que o Kremlin aumente a sua pressão sobre Bruxelas e os Países Bálticos.
"Dissemos desde o início que o maior perigo [...] é que o Kremlin ficará feliz por ter assustado a Comissão Europeia", disse ele à LRT RADIO.
"Esperam-nos perigos ainda maiores porque o Kremlin, quando sente que pode alcançar algo com a sua pressão, tende a [escalar]", acrescentou ele.
Kubilius disse também que Moscovo pode pedir para rever os acordos de trânsito existentes em Kaliningrado e apelar a "um corredor de trânsito completamente livre".
Evidentemente que não pode. Qualquer acção que vise isolar uma parte do território russo é interpertada como uma declaração de guerra e colocaria os países limítrofes numa situação de conflito.
ReplyDeleteJoão Moreira
Kaliningrado não está isolada por acção do Ocidente e os países limítrofes são os que não querem servir de passagem.
ReplyDeleteKaliningrado faz parte da Rússia. A Lituânia fazia parte da URSS. Continua a fazer parte do território russo. Não o podem fazer, quer queiram ou não. Nenhum Estado pode impedir a "continuidade" de serviços a uma parte do território (seja continental, enclave, insular ou outro) que faça parte de um Estado cujas fronteiras estão definidas.
ReplyDeleteJoão Moreira
Eu sei muito bem que Kaliningrado faz parte da Rússia desde a Segunda Guerra. "Nenhum Estado pode impedir a "continuidade" de serviços ..." isso é em situações normais, mas não quando esse Estado viola grosseiramente as leis internacionais, impõe uma guerra terrorista a outro a quem rouba milhões de toneladas de cereais, bloqueia a saída de cereais e provoca fome no mundo e ameaça os países bálticos. A Lituânia e os outros países bálticcos têm o direito de acautelarem a sua situação diante de um Estado terrorista que não respeita nada nem ninguém.
ReplyDelete"(...)ameaça os países bálticos (...)"... "(...) e os outros países bálticos têm o direito de acautelarem a sua situação (...)" - qualquer estado ao impedir/bloquear a continuidade de serviços entre partes de um mesmo estado, está a realizar uma interferência directa no funcionamento/abastecimento/ligação do mesmo. Ao desejar isolar uma parte de um território está a realizar uma declaração de guerra ao mesmo.
ReplyDeleteNão se pode comparar as duas situações: o conflito é confinado a dois países. Apenas a Ucrânia o poderia fazer, mas, se o fizesse, teria de ter o aval da Lituânia, o que alargaria a área do conflito.
João Moreira
Em primeiro lugar não é um 'confito', é uma invasão imperialista de um país a outro; por isso mesmo, só directamente está confinado a dois países. A Ucrânia tem muitos países a ajudá-la a resistir aos invasores e a Rússia também tem apoiantes. A Rússia tem feito ameaças de invasão e guerra aos países do báltico que não são a Ucrânia e estes estão a tomar precauções, que é um direito que lhes assiste e uma delas tem que ver com marcar posição e é disso que isto se trata. E o Mar Negro não pertence à Rússia que se comporta como se pertencesse. Em suma, não estamos numa situação de normalidade mas de defesa de um Estado terrorista.
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