Quantas vezes pensamos ser uma benção nascer com um talento ou um gosto excepcional para uma actividade? Evitar as indecisões, os erros, o tempo perdido. Os alunos dizem-me com frequência, 'não sei do que gosto"; "não sei o que hei-de ir estudar ou o que fazer da vida". Como se vê por esta notícia essa certeza precoce também pode ser uma maldição se não é acompanhada por uma paixão inesgotável. Desde os cinco anos a ter de ser excelente numa actividade para cumprir um talento que aparece como um destino. O problema do destino é a ausência de liberdade.
A fome já não está lá: Magnus Carlsen recusa defender o título mundial de xadrez
É o fim de um longo reinado. Grande mestre desde os 13 anos e campeão do mundo desde os 19, o prodígio norueguês não vai defrontar Ian Nepomniachtchi, em 2023, naquela que poderia ser a conquista do seu sexto título mundial. “Não estou motivado para jogar outro jogo… Eu simplesmente sinto que não tenho muito a ganhar”.
Carlsen começou a jogar xadrez aos cinco anos. Aos 13 já era grande mestre. Antes de fazer 20 anos era o campeão dos campeões.
(Expresso)
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