por Kiki Smith, uma americana nascida em Nuremberga, em 1954. Metropolitan Museum N.Y.
Lilith é uma escultura de bronze rugoso, o que dá lhe um aspecto rude e agressivo, em contraste com os seus olhos, de um azul brilhante, inteligente e vivaz. Lilith está numa posição
incomum no que costumam ser as representações das mulheres na estatuária. As estátuas de nus femininos da arte ocidental são geralmente de mármore polido para evocar uma pele suave, estão deitadas ou em pé mas sempre em poses sensuais, o corpo exposto para ser admirado. São quase todas de homens e correspondem ao seu ideal estereotipado de mulher.
Pois aqui, Lilith está agachada, o corpo fechado em posição de defesa, tensa e vigilante. Está à escuta, prestes a lançar-se em movimento?
Lilith foi a primeira mulher de Adão. Foi feita da mesma terra barrenta que Adão e não de uma sua costela, como Eva. Por causa disto, Lilith viu-se igual a Adão e, recusando-se ser-lhe subserviente, fugiu do Éden.
No judaísmo tornou-se símbolo de demónio, criatura da noite e luxúria tentadora de homens. Assim ficou para a tradição.
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