"A Alemanha esteve disposta a impor uma catástrofe económica e social a países que alegava terem sido irresponsáveis nos seus empréstimos, mas não tem estado disposta a impor a si própria custos muito menores, apesar da inegável irresponsabilidade das suas políticas energéticas do passado. - SlawomirDebski
A Alemanha é um país de uma enorme arrogância que despreza países pequenos, que se pensa superior enquanto povo e que, por conta de serem um país grande e economicamente importante, pensam também (isso é comum a todos os países grandes e economicamente importantes) terem direitos especiais de não ter obrigações éticas nos negócios e nas relações políticas com outros.
Schröder primeiro e depois Merkele, que assumiu a sua herança e a fortaleceu, cometeram graves erros, o primeiro por ser corrupto, a segunda por entender ter uma 'relação especial' com Putin, dado ter vivido na Alemanha de Leste, saber russo e conhecer os métodos russos - isto ainda a desculpa menos. Fez depender a Europa da sua relação especial com os russos, o que foi um grande erro, como se viu, pois assim que Merkele saiu do poder Putin avançou. Deve ter visto em Scholz uma fraca figura sem o poder de influência que ela tinha.
Seja como for, ela pôs sempre o interesse económico da Alemanha acima de considerações políticas e éticas, acima da sua relação com os parceiros da União. Mesmo em 2014 quando Putin invade a Crimeia, não inverte o percurso da dependência de Putin, porque é do interesse da Alemanha ter a indústria com energia barata para manter o seu poder sobre a UE, a quem impõem sanções brutais causadoras de catástrofes económicas e onde vai buscar mão-de-obra barata.
Scholz é um putinista, daqueles que reconhece o interesse da Rússia em desprezar pequenos países, porque isso é o que a Alemanha tem feito: fez com a Grécia, fez connosco e com outros. Ela e Schäuble, esse indivíduo cheio de hubris e outros cúmplices como os facilitares de negócios, Juncker e Barroso. Se os ucranianos não fossem quem são e não tivessem o Presidente que têm Scholz não ligava um átomo ao destino da Ucrânia, desde que Putin não lhe cortasse o gás e o petróleo.
Acho o homem um perigo para a UE, dado ser o país que mais influência tem. O único aspecto positivo na sua liderança é que talvez com ele a Alemanha perca a influência nefasta que tem tido e a UE se torne mais democrática, mais plural, mais de acordo com a sua diversidade.
Why isn't Germany supplying Ukraine with heavy weapons?
The criticism against German Chancellor Olaf Scholz has been unrelenting. He's been accused of stalling and breaking his promises over sending heavy weapons to Ukraine. DW looks at some of the main points of contention.
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