April 19, 2022

Eu, se fosse bandida, queria que o meu caso fosse apreciado pelo juiz Rosa

 



Processo EDP: uma parte arquivada por falta de provas

Um ex-administrador da EDP e um director da REN estão livres de ir a julgamento no caso EDP. No despacho a que o NOVO teve acesso, procuradores culpam Ivo Rosa por aqueles terem sido arguidos em vão. Rezende contou ter tentado acabar com 20 contratos quando chegou à eléctrica por “se tratar de tachos”.

Pedro Rezende, que saiu da Boston Consulting Group (BCG) para a EDP, e Pedro Furtado, director da REN, não serão acusados no processo EDP. Foram constituídos arguidos em 2017, mas a prova nunca apareceu. Como os emails apreendidos não puderam ser usados, Pedro Furtado nem chegou a ser interrogado. Agora, os procuradores decidiram arquivar estas suspeitas contra ambos.

No despacho de encerramento de inquérito, a que o NOVO teve acesso, os magistrados do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) culpam o juiz Ivo Rosa por este resultado. Acusam-no de ter “causado profundos embaraços e constrangimentos à investigação do inquérito” e frisam que “alguns desses resultados nefastos sobrevieram com a necessidade de que diversas pessoas envolvidas nos acontecimentos viessem a ter de ser visadas pelo Ministério Público”.

Mas deixam um aviso: a contratação de Ricardo Ferreira directamente do Governo para a EDP continuará a ser analisada no processo principal que tem como arguidos Manuel Pinho, António Mexia ou Ricardo Salgado. “É evidente que a passagem directa de um adjunto de gabinete governamental para a maior empresa do sector destinatário da legislação e trabalho ali produzido é tudo menos ‘natural’”, dizem os procuradores Carlos Casimiro Nunes e Hugo Neto.

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