March 10, 2022

Paralelismos

 

Estrangeiros dirigem-se à Ucrânia para formar uma legião estrangeira contra o fascismo de Putin como no século passado o fizeram dirigindo-se a Espanha, pouco tempo antes da Segunda Grande Guerrra, com o mesmo objectivo de lutar contra o fascismo. Para quem estranhe que se faça um diagnóstico de fascista a Putin, sendo um ex-KGB, é só avaliar os sintomas visíveis: populismo, distorção da História para engrandecer o povo, apelo e exaltação dos valores da mística da Nação russa, propaganda de demonização do Ocidente, identificação do Estado ao líder messiânico (ser contra Putin é ser contra a Rússia); identificação do líder com a alma do povo russo; vitimização; fabricação de narrativas de mentira com ocultação sistemática dos factos, agressividade.

Outros povos também tiveram líderes de perfil fascista, alguns recentemente, mas o seu sucesso foi sempre limitado devido a viverem em democracias com instituições que resistiram a esse assalto do poder por uma pessoa e a sua clique, o que é uma razão acrescida para não deixar Putin sair vitorioso desta guerra que impôs à Ucrânia, um país democrático e para reforçar a união das democracias no mundo.

publicado também no blog delito de opinião

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