E como lidar com essas emoções. Tenho uma turma que fala muito na morte. Há lá quem tenha perdido a mãe, o irmão, o tio e o avô, tudo no espaço de três anos. Há quem tenha doença grave. Falam muito na morte que é um assunto que de vez em quando se fala nas aulas de Filosofia a propósito de alguns temas -a questão do sentido da vida e isso- e que não me causa desconforto nenhum falar e ouvir, mas acho que este ano há qualquer coisa diferente... Enfim, uma das pessoas que está a fazer a formação diz que também estamos a fazer o luto da escola: a escola que perdemos, nós mais antigos que nos lembramos de uma escola cheia de vida, de energia, de ideias, de discussão e dinamismo, antes da Rodrigues e dos ignorantes que se lhe seguiram a terem transformado nesta fábrica pastiche, controlada e triste. Nunca tinha pensado nas coisas nessa perspectiva, mas é verdade, sim, que há um luto por tanto que se perdeu.
Hoje temos a escola das grelhas, para tudo e para nada. Odeio!
ReplyDeleteDas grelhas e dos petrificados nos cargos.
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