November 09, 2021

Dúvidas

 


Sabendo nós que a acção dos ministros e do governo em geral serve de exemplo do que pode e não pode fazer-se, ficamos na dúvida se andam a 200km/h de propósito para incentivarem outros condutores ao mesmo e arrecadarem milhões em multas (que eles mesmos não pagam) ou se é apenas uma exibição irresponsável do privilégio auto-outorgado de poder andar nas estradas em modo criminoso de pôr em causa a segurança dos outros que também lá andam. Em qualquer dos modos mostram incapacidade de alterar comportamentos e indiferença com a vida alheia. Como se pode confiar em pessoas assim?


De acordo com o Orçamento do Estado para 2022, entretanto chumbado pelo Parlamento, este Governo de aceleras pretendia arrecadar 129 milhões de euros em multas de trânsito - a propósito, três em cada cinco infracções registadas são de excesso de velocidade.

Através de uma reportagem bem conseguida exibida esta semana pela SIC - que até alguns jornalistas deploraram por entenderem que o dever da nossa classe é, sempre que possível, ser pé de microfone -, pudemos constatar que, além do reincidente Cabrita, António Costa, Pedro Nuno Santos, João Pedro Matos Fernandes ou João Galamba prestam pouca atenção ao velocímetro dos veículos em que são transportados.

O ministro do Ambiente, por exemplo, foi apanhado em estradas nacionais a 160 km/h e em auto-estradas a mais de 200 km/h, ao passo que o primeiro-ministro e o ministro das Infra-Estruturas e da Habitação, entre inaugurações agendadas e/ou eventos partidários programados, fizeram tempos impensáveis se tivessem cumprido os limites legais.

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