October 07, 2021
O Hospital de Setúbal qualquer dia fecha...
Não tem médicos e não tem material. Está reduzidos a tarefeiros. Esta 'moda' afectou todos os serviços públicos, da educação à medicina e ao direito, tudo está cheio de contratados e outsourcing. Depois não há profissionais que cheguem. É que o governo, nomeadamente nas pessoas do primeiro-ministro e da ministra da saúde, preocupam-se, acima de tudo, em correr o país em campanhas políticas. E o dinheiro existe, mas é para a banca e para pôr os primos nos governos a mamar.
"Grito de revolta". 87 médicos apresentam demissão no Hospital de Setúbal
"Estamos em rutura nos serviços de urgência, nos blocos operatórios, na oncologia, na maternidade, anestesia, etc., etc., etc.", afirmou o diretor do CHS
"O pedido de demissão do cargo de diretor clínico do Centro Hospitalar de Setúbal, e agora da restante direção clínica, diretores de serviço e departamentos, coordenadores de unidade e comissões e ainda chefes de equipa de urgência, num total no total de 87 assinaturas, é o último grito de alerta para a situação desesperante a que o Centro Hospitalar de Setúbal chegou, à rutura das urgências e em vários serviços primordiais do hospital", disse Nuno Fachada.
Por outro lado, Nuno Fachada defendeu que "as obras de alargamento do CHS, com início previsto para o próximo ano", devem servir para "promover e potenciar o crescimento do Hospital de São Bernardo" e que "não poderão nunca servir para condensar o resto do centro hospitalar, ou seja, encaixar o Hospital do Outão ou a unidade de psiquiatria de ambulatório".
"Seria trágico ver as ansiadas obras servirem para agravar o pesadelo já existente", disse Nuno Fachada, deixando claro que a ampliação prevista não terá capacidade para acolher o Hospital Ortopédico do Outão e o serviço ambulatório de psiquiatria.
Na conferência de imprensa, o presidente da secção sul da Ordem dos Médicos, Alexandre Valentim Loureiro, lembrou os sucessivos atrasos na ampliação do Hospital de São Bernardo e na requalificação do serviço de urgência, que, ao longo dos últimos quatro anos, têm sido sucessivamente adiadas.
Alexandre Valentim Lourenço salientou também o testemunho de alguns diretores de serviço, que na mesma conferência de imprensa, lembraram que há "dois mil doentes com cancro que têm de ser transferidos para hospitais da capital e que 50% capacidade dos blocos operatórios não é utilizada por não haver anestesistas suficientes".
Para resolver os prolemas do CHS e do próprio Serviço Nacional de Saúde, o Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, defendeu a necessidade de uma política diferente de recursos humanos", dando como exemplo a flexibilidade e a autonomia que os hospitais tiveram na contratação de profissionais de saúde durante a pandemia.
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