E se ler as letras pequeninas ainda fica mais esclarecido. O apoio ao 'estudo' é para quem estuda. Ora, a maioria dos alunos que tem negativa não estuda, sendo essa, aliás, a razão mais frequente para terem negativas. Há toda uma cultura de fomento do prazer e da felicidade permanentes que é incompatível com o esforço e sacrifício do trabalho que é o estudo. É por isso que, como se lê nas letras pequeninas, quem mais recorre ao apoio ao estudo são os alunos que já têm boas notas. Querem subir as notas, querem prosseguir estudos e precisam de ter boas notas nos exames. Os outros que pedem apoio tendo negativas fazem-no porque estão em risco de chumbar.
Hoje em dia os alunos vão buscar o apoio fora da escola a centros de explicações. Os pais preferem porque é uma maneira de os ocuparem depois das aulas, uma espécie de ATL para adolescentes onde há quem lhes faça os TPCs, coisa que eles mesmos não têm tempo ou paciência para ajudar ou não sabem, como acontece à maioria dos pais do ensino público, a partir de certo nível de escolaridade.
Para resolver, em parte, este problema, era preciso que os pais não trabalhassem 10 horas por dia (transportes incluídos) e tivessem tempo e cabeça para os filhos e, em outra parte, que não se fomentasse, por todo o lado, uma cultura de negação do estudo e do trabalho em benefício do divertimento permanente.
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