A saúde mental ainda é vista como uma aberração e a psicologia como uma mezinha de curandeiros. Na escola, os alunos só aprendem alguma coisa do funcionamento do seu sistema nervoso se escolhem a cadeira de Psicologia, que é de opção, no 12º ano e muitos não escolhem por terem ideia da psicologia como uma aldrabice (embora cada vez mais alunos sofram de perturbações como a ansiedade, por exemplo). Para já não falar de compreenderem a motivação, a aprendizagem, a influência da sociedade, a violência, a psicologia da sexualidade, etc, temas que só abordam na psicologia, no 12º ano. Não por acaso, para a maioria dos alunos que escolhe a psicologia, esta é uma espécie de revelação em muitos níveis. Então, é positivo que uma grande campeã, que já deu muitas provas de lidar com a pressão própria de grande campeonatos, se exponha e exponha o tema da saúde mental como tendo tanta importância como a saúde física. Ninguém criticaria um atleta por se afastar estando doente com uma doença física. Pois é tempo de se perceber que a doença mental também é somática, só que num nível não evidente, como o sarampo ou uma perna partida.
Quando vemos a Simone Biles nestes saltos, sabemos que não é só o corpo dela que está a saltar. É também a cabeça, a motivação, a auto-confiança, a segurança interna na sua técnica, a confiança no treinador, a certeza do apoio da família, a disposição interna positiva, a ansiedade, etc.
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