António Nóvoa: aprendizagem precisa considerar o sentir
Reitor honorário da Universidade de Lisboa alerta que a escola não deve voltar ao que era antes, mas corre o risco de ficar ainda pior se a ênfase na tecnologia e personalização substituir o sentir e o fazer comum.
(...)
O segundo problema era aquela sensação, sobretudo entre aqueles que gostam da escola, dos professores e da pedagogia, dentre os quais eu me incluo, de que o modelo escolar já não servia. Há um colega que fala do “undismo” da educação: um edifício, uma sala de aula, um professor, uma disciplina, uma hora. A pandemia não provocou esse problema, ela revelou. [Não se sabe se o «modelo» serve ou não mas há, «aquela sensação» de que não?? Ahah E qual é o problema de que fala? Os alunos terem aulas de um certo assunto a uma certa hora? Porque é que isso é um problema...? Pois não diz... ... se calhar não sabe...ou se calhar isso não é o problema, mas o que lá se faz... ...repete o que agora está na moda repetir que é dizer que 'o modelo', seja lá isso o que for, está mal e, quando perguntam porque está mal, respondem, 'não sei, porque não está bem...']
(...)Os que se batem pela transformação do modelo escolar, inclusive antes da pandemia, e nos quais eu me incluo, batem-se não para perpetuar as tecnologias e inteligências artificiais, plataformas digitais, porque para as crianças a relação humana, olhos nos olhos, corpo no corpo, é essencial.
[qual «modelo escolar»? Está a falar de quê? «olhos nos olhos, corpo no corpo»? Que quer isto dizer? É uma espécie de poética da qual não se retira nenhum proveito estratégico ou conceptual.
Será que este senhor pensa que os alunos até agora eram seres sem emoções e sentimentos e que o que se passa na escola ou nas aulas é algo desprovido de relações humanas e de investimento emocional?
E quem são «as crianças»?? Ou está a falar só do ensino dos primeiros 4 ou 5 anos de escolaridade? Um aluno no 9º ano que não tenha reprovado o ano tem 14 ou 15 anos. Os meus alunos andam entre os 15 e os 19 anos...
Quando vejo os discursos acerca da educação nestes termos: 'as crianças para aqui e as crianças para ali' fico logo esclarecida sobre a alienação da pessoa que está a falar relativamente à realidade.
Acho piada estes discursos que querem, ao mesmo tempo, que o ensino seja completamente individualizado e completamente comum, por exemplo e que dão como fundamento da nessecidade de mudança as suas sensações particulares- não sou contra mudanças, pelo contrário, mas mudar baseado em palpites e sensações e pseudo-pedagogias como tem acontecido com todos os iluminados que passam pelo ME, não obrigada. Não sou a favor de reformas sensacionais, no verdadeiro sentido do termo, baseadas em sensações e intuições sensíveis, sou a favor de haver racionalidade nos sistemas, pois sem ela nem os sistemas são sistemas]
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