June 27, 2021

Árvores






flor do eucalipto -  imagem daqui u/[deleted]
                                         

ÁRVORE – do Latim arbor, de onde saiu também, arbusto.

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EUCALIPTO – seu nome foi feito a partir do Grego 'eu'-, “bem”, mais kalyptós, “coberto”, de kalyptein, “cobrir, tapar”, devido à cobertura dos seus frutos, que se apresentam como que protegidos por uma tampa em seus pequenos alojamentos.

CARVALHO – vem possivelmente de uma raiz ibérica gar-, “pedra”, ligando a árvore a terrenos pedregosos.
A nossa palavra robusto liga-se a esta árvore. Ela vem do Latim robustus, “forte e duro”, originalmente “feito de carvalho”, de robur, ”tipo de carvalho”, derivado de ruber, “vermelho”, porque a madeira dele tem um tom avermelhado.

CEDRO – vem do Latim cedrus, por sua vez do Grego kedron, o nome da árvore.

SALGUEIRO – do Latim salicarius arbor, de salix, “salgueiro” propriamente dito. Outro nome atual é chorão ou salgueiro-chorão, pois os seus galhos pendem até o chão, como se a árvore estivesse a lamentar-se.
É interessante saber que pelo menos desde o século V aC se extraía do interior da casca do salgueiro uma medicação de grande efeito no tratamento de dores em geral e para reduzir a febre.

Acabou-se descobrindo nessa casca o produto responsável por essas ações farmacológicas, que foi chamado salicina, a partir do nome latino. A partir daí se obteve o ácido salicílico, de grande uso hoje.

BUXO – do Latim buxus, possivelmente relacionado ao Francês antigo busche, “madeira para queimar, lenha”.

CIPRESTE – do Latim cypressus, do Grego kypárissos. A origem não é conhecida com certeza, mas há quem diga que seu nome veio da ilha de Chipre, onde essas árvores abundavam.

PAU-BRASIL – é uma árvore que produz uma madeira nobre, de cor avermelhada, chamada brasil por lembrar a brasa das fogueiras; e brasa viria do Germânico brasa, “fogo”.
Vale aprender que o adjetivo brasileiro foi por muito tempo um pejorativo. Inicialmente ele designava a profissão de extrator de pau-brasil. E estes eram geralmente degredados, condenados por crimes em Portugal e enviados para pagar as suas penas nos trópicos, não sendo assim grandes exemplos de uma vida recta.

LOURO – do Latim laurus, o nome da planta. Dela eram feitas as coroas de louros que sempre estiveram associadas à vitória. Isso porque o louro era um atributo do deus conhecido como Ares entre os gregos e Marte entre os romanos que costumavam ser representados usando uma coroa dessas.
Nos triunfos, festejos dedicados a um general romano por suas vitórias, este desfilava pelas ruas num carro, com uma pessoa segurando uma coroa de louros sobre a sua cabeça; a partir daí, ele tinha o direito a usar a coroa quando quisesse.
Dizem as fofocas que Júlio César usava a sua quase sempre, para disfarçar a sua calvície.

SEQUOIA – esta é uma árvore altíssima, chegando a ultrapassar os cem metros. Ela recebeu o nome de um índio norte-americano que viveu entre 1770 e 1843, Sequoya. Nosso amigo era um pensador; chegou à conclusão de que o poder do homem branco vinha da sua capacidade de usar um idioma escrito. E provavelmente tinha razão. Vai daí que Sequoya passou doze anos fazendo um alfabeto com 86 letras para representar os sons do idioma Cherokee. Foi um sucesso, pois em seguida começou-se um jornal nesse idioma e foi feita uma Constituição para o seu povo. Agora ele está merecidamente eternizado naqueles enormes vegetais.


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