Compara uma lei que proíbe pertencer a sociedades secretas a uma outra que não o proíbe mas obriga a que, sendo-se funcionário público, se declare essa pertença. Sabendo que certas associações, mais ou menos secretas, são de obediência, é justo que o Estado, suportado por todos nós, não tenha que suportar pessoas cuja obediência é jurada a particulares, muitas vezes em conflito com os interesses do serviço público.
Chefes maçons contra lei das filiações secretas
Deputados continuam a discutir em comissão projeto de transparência total sobre as filiações de titulares de cargos públicos. Na sexta-feira foram ouvidos vários líderes maçónicos
Fernando Lima, grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL, a mais antiga obediência maçónica em Portugal), recordou que "há precisamente 86 anos, em 1935, neste mesmo dia 21 de maio, foi publicada a Lei n.º 1901, de 21 de Maio de 1935, que proibia as "sociedades secretas"."
O projeto, explicou este líder maçom, visava "proibir as associações secretas e punir os que a elas pertencessem, obrigando os funcionários do Estado e dos corpos administrativos, civis e militares, a declarar por sua honra, que não pertenciam nem jamais pertenceriam a tais associações, obrigatoriedade que também era exigida aos alunos de qualquer grau de ensino pertencente ou subsidiado pelo Estado, a partir dos 16 anos de idade". E agora, "86 anos depois, aqui estamos, de novo, a debater iniciativas legislativas que, pelo menos parcialmente, voltam a ter como objecto a Maçonaria".
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