Governante ataca “teia” de pareceres, que tudo “emperra, trava” e “chateia”
Não contra a burocracia, como o título dá a entender, mas contra o facto de ter de prestar contas, nomeadamente nos ajustes directos. A solução dele é confiar nos políticos e outros agentes. Defende que a transparência é poderem fazer o que querem sem ter organismos que os vigiem.
É isso... porque nós temos uma grande tradição de ética política como se vê pelas famílias inteiras que integram governos centrais e regionais mais os seus contratos.
Burocracia e prestação de contas são coisas diferentes. Se a burocracia é estrangulante resolva-se esse problema, mas não se crie outro: acabe-se com serviços redundantes, com a opacidade jurídica que obriga a consultar firmas de advogados por tudo e nada, com as taxas e taxinhas em cinco capelinhas diferentes, com a pobreza dos organismos do Estado que têm um fiscal para meio país, com o excesso de comissões e gabinetes que se atrapalham mutuamente.
Uma das tarefas dos governos é justamente essa: tornar a máquina do Estado eficiente. No entanto, eficiente não significa displicente. O PS é o partido que mais anos nos tem governado, de modo que vá queixar-se aos seus chefes em vez de fazer birras.
Eu estaria de acordo em confiar, até certo ponto, nas chefias, se fossem sujeitas a um escrutínio sério antes de ocuparem os lugares e se depois, quando apanhadas a prevaricar, fossem responsabilizadas judicial e politicamente em vez de encobertas e protegidas. Só que isso também não está na tradição dos portugueses como se vê pelos bandidos que nos roubaram à grande e andam à solta, fora os que nos roubaram e continuar a governar-nos.
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