March 19, 2021

Covid-19 - quando pensamos que não podem ser mais incompetentes e inconsequentes, vem um vice-almirante e mostra que podem

 


Primeiro criam o pânico com notícias das vacinas não serem seguras para pessoas com mais de 65 anos ao ponto de as suspenderem de urgência. Dizem que há dúvidas sobre efeitos secundários mortais. Ainda hoje uma responsável da agência do medicamento veio dizer que quem tem dores de cabeça por mais de quatro dias depois de tomar a vacina da AstraZeneca deve consultar imediatamente um médico. No dia a seguir um vice-almirante vem garantir, no meio de ameaças, que as vacinas são todas seguras.

Como está habituado a lidar com tropas que batem pala a qualquer bavardage que entenda dizer -a obediência é credo- pensa que somos todos gente de bater pala e ficar com medo dele e vem fazer ameaças ao povo, como se fosse o nosso papá. 

Olhe, senhor vice-almirante, o senhor deve-nos explicações e cortesia, não ameaças. Chiça! Os nossos governantes e chefias em geral, envergonham. Não sabem ser chefes numa democracia. Vamos levar muito tempo a livrar-nos de uma certa mentalidade salazarista onde os governantes pensam que é o seu trabalho darem-nos lições paternalistas com ameaças à mistura em vez de se comportarem como nosso representantes.


Quem recusar a vacina da AstraZeneca vai para o fim da lista. E mesmo assim não poderá escolher


Vacinação de 120 mil pessoas foi atrasada por uma semana. Professores e funcionários do pré-escolar e primeiro ciclo começam a ser vacinados no fim-de-semana de 27 e 28 de Março.

“O princípio no processo de vacinação é a não escolha da vacina, porque as vacinas aprovadas são igualmente boas e seguras”, justifica o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.

2 comments:

  1. Concordo inteiramente contigo. Só gostaria de acrescentar que, mais uma vez, os jornalistas deviam ter perguntado qual é o critério para administrar umas vezes a Pfizer, outras vezes a Moderna ( os militares levaram esta!) e outras...
    Acho que este autoritarismo todo tem a ver com o facto de ele pertencer a uma corporação - o exército - mas podia ser outra qualquer. Esta mania da superioridade das corporações, em minha opinião, é anterior ao Salazar! É uma coisa enraizada. O povinho não percebe nada disto! Nós é que sabemos, vocês só têm de obedecer e mais nada! É uma tristeza!

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  2. Sim, mas antes do Salazar, na altura da Monarquia, percebíamos uma mentalidade paternalista. Afinal, o Rei ou a Rainha, são os pais da Nação. Com a república, essa mentalidade devia ter desaparecido uma ou duas gerações depois. A geração de Salazar. Só que ele encarnou essa figura de pai da nação e as gerações que nos governam, hoje, na presidência, nos militares e outras corporações estão cheias de gente desse tempo e hábito.

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