Agora fui à mercearia e aproveitei para ir ver os jornais. À porta da papelaria uma pequena fila porque só deixam entrar duas pessoas de cada vez, mas como eu ia ver jornais e revistas, que é num canto da loja longe do balcão, podemos entrar, desde que não haja lá mais ninguém. Enquanto dava uma vista de olhos pelos jornais, para ver se alguma coisa interessante ou levemente idiota me cativava o olhar (neste caso, para poder dizer mal aqui no blog 😄) as pessoas na rua começaram a queixar-se. Nisto, uma das funcionárias da loja diz, 'se alguém está atrasado para o trabalho pode entrar à frente' 🤩 ninguém, claro. Depois volta-se para mim e diz, 'isto foi da loja estar fechada um dia. As pessoas que raspam, se estão um dia que seja sem raspar, ficam numa grande ansiedade e sobem às paredes'. Já fumei, reconheço o vício em qualquer lado...
Entretanto, por falar em artigos levemente idiotas, temos a crónica da semana de JMT a queixar-se de que é uma vítima dos tribalismos e a invocar o direito de 'ser deixado em paz'. 😄 Farto-me de rir: quem quer ser deixado em paz não escreve crónicas no jornal; quem escreve no jornal, sabendo que não há boa nem má publicidade, só publicidade, deve ficar contente com as críticas (não comprei hoje o jornal, em parte, para criticar esta crónica?), mesmo as tribalistas e depois, a paz, fora do contexto de guerra militar, é meramente uma questão de consciência. Uma pessoa pode cansar-se das críticas ou irritar-se com as críticas, sobretudo se forem injustas ou sentidas como tal, mas se a consciência está tranquila, não perde a paz, nem a capacidade de combatividade que no caso presente é: explicar. explicar, explicar.
E sim, quem discorda de JMT, é, provavelmente, seu adversário político e ainda bem: quem quereria que os jornais fossem uma extensão da famiglia parlamentar, governamental e autárquica, onde todos são 'primos' sicofantas e se sentam à mesma mesa dos segredos e mentiras?
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