January 16, 2021

As pessoas são muito mais anormais do que parece e à procura da felicidade

 


Armie Hammer Cannibalism Scandal



Hoje não se fala noutra coisa a não ser nisto: este actor, recentemente chegado à fama, perdeu a noção dos limites -talvez por causa disso- e tem publicado nas redes sociais gabarolices acerca das drogas que toma e imagens e conversas perturbadoras. Umas delas, publicadas por ex-namoras ou amantes ou acompanhantes com uma linguagem muito forte de canibalismo.
Há uns tempos deu que falar uma entrevista que deu à revista Playboy em que assumia o seu gosto por BDSM, do ponto de vista do dominador. Pelos vistos tem, dentro desse gosto, um fetiche particular pelo canibalismo que é uma variante tanto do sadismo como do masoquismo. Uma fantasia que tem os seus adereços próprios e que pelos visto ele vive com certo extremismo. Tem uma parafília, própria desse mundo BDMS 

Em si mesma essa é uma fantasia que podemos compreender, até certo ponto, com um bocadinho de imaginação. Afinal, a linguagem do amor está cheia de termos e actos que aludem, simbolicamente, às práticas canibais: morder, lamber, trincar, chupar, assimilar, absorver -o amor romântico constrói-se muito sobre essa fantasia dos corpos se assimilarem ou absorverem e isso-, no que alguns teóricos dizem ser um remanescente (simbólico, uma vez que o canibalismo é um tabu) das práticas que até há pouco tempo existiam em muitas culturas e que em tempos imemoriais terão feito parte da cultura humana em geral. 

O problema é que vivemos numa sociedade muito hipócrita e este indivíduo pensou que a fama tudo lhe permitia, nomeadamente exibir a sua anormalidade sexual. Pois, não. Nope... ... mas pronto, as pessoas tem muitas anomalias, muito mais do que se pensa porque geralmente não as mostram, antes escondem.
Este é um caso interessante (não para o indivíduo - quer dizer, não sei se ele alguma vez transgrediu porque nestas práticas isso acontece amiúde) a seguir para vermos como a sociedade se comporta quando os seus 'deuses' caem do pedestal, em sociedades puritanas.

Entretanto, estava aqui à procura de um livro diferente para ler e fui dar com este:

O livro ainda estava fechado!! Estive a abrir o livro - uma chatice porque o papel da viragem do século -o outro- é de péssima qualidade, esfarela-se todo. Deixou-me um monte de aparas e pó por todo o lado. 

Este Lombroso foi o criador da antropologia criminal, nos anos 60 e 70 do século XIX, em Itália, nos tempos das crenças na frenologia. Enfim, comprei este livro num alfarrabista da Feira do Livro, há uns bons anos, mas nunca o li (se calhar por causa desta chatice de o abrir). Devo tê-lo aberto ao calhas e gostado do que li, de modo que vou-me enfiar num sítio repousante a lê-lo. Depois conto se a felicidade em 1904 era igual à nossa 🙂


papel ordinário


a porcaria que deixou...

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