... parece-me que tem que dizer qualquer coisa em sua defesa. É que os factos que aparecem relatados no Delito de Opinião não são irrelevantes e são, no mínimo, surpreendentes, pelo menos para mim.
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Lothar Bisky foi um político alemão tendo sido, nomeadamente, co-presidente do Die Linke.
Em 1995, foi revelada a sua atividade como informador da STASI, a polícia política da RDA.
A atividade de informador foi exercida, pelo menos, entre 1966 e 1970, sob o nome de código de Bienert e, após 1987, com o nome de Klaus Heine.
Nos ficheiros da STASI, Bisky foi classificado como “confiável”, o grau mais alto atribuído a um informador.
A ligação à STASI é do domínio público. Os dados que aqui refiro foram retirados diretamente da wikipedia.
E essa ligação foi o motivo pela qual Bisky foi derrotado quatro vezes quando se candidatou à vice-presidência do Bundestag no período entre 2005 e 2009.
Bisky foi deputado no Parlamento Europeu entre 2009 e 2013. Foi presidente do grupo da Esquerda Unitária até 2012.
É o mesmo grupo onde estão inscritos os eurodeputados do Bloco de Esquerda.
Rui Tavares pertenceu também a este grupo, coincidindo temporalmente o seu mandato com a liderança de Bisky.
Isto é, Bisky e Tavares foram colegas. Trabalharam juntos no mesmo grupo. Subscreveram documentos e manifestos. Partilharam reuniões, pausas para café, almoços, serões.
Tavares, como Louçã, Martins, Marisa, ou as Mortágua, conheciam bem Bisky e o seu passado.
Isso não os impediu de o convidarem, por exemplo, para a Convenção do Bloco de 2009, onde Tavares também esteve presente.
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