November 20, 2020

Por falar em salvar a honra do convento, Rui Tavares

 


... parece-me que tem que dizer qualquer coisa em sua defesa. É que os factos que aparecem relatados no Delito de Opinião não são irrelevantes e são, no mínimo, surpreendentes, pelo menos para mim.



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Delito de Opinião

Lothar Bisky foi um político alemão tendo sido, nomeadamente, co-presidente do Die Linke.

Em 1995, foi revelada a sua atividade como informador da STASI, a polícia política da RDA.

A atividade de informador foi exercida, pelo menos, entre 1966 e 1970, sob o nome de código de Bienert e, após 1987, com o nome de Klaus Heine.

Nos ficheiros da STASI, Bisky foi classificado como “confiável”, o grau mais alto atribuído a um informador.

A ligação à STASI é do domínio público. Os dados que aqui refiro foram retirados diretamente da wikipedia.

E essa ligação foi o motivo pela qual Bisky foi derrotado quatro vezes quando se candidatou à vice-presidência do Bundestag no período entre 2005 e 2009.

Bisky foi deputado no Parlamento Europeu entre 2009 e 2013. Foi presidente do grupo da Esquerda Unitária até 2012.

É o mesmo grupo onde estão inscritos os eurodeputados do Bloco de Esquerda.

Rui Tavares pertenceu também a este grupo, coincidindo temporalmente o seu mandato com a liderança de Bisky.

Isto é, Bisky e Tavares foram colegas. Trabalharam juntos no mesmo grupo. Subscreveram documentos e manifestos. Partilharam reuniões, pausas para café, almoços, serões.

Tavares, como Louçã, Martins, Marisa, ou as Mortágua, conheciam bem Bisky e o seu passado.

Isso não os impediu de o convidarem, por exemplo, para a Convenção do Bloco de 2009, onde Tavares também esteve presente.


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