Esta é lindíssima. As magnólias são as minhas árvores preferidas logo a seguir aos sobreiros. São árvores primitivas, do período Jurássico. É uma espécie relíquia (fóssil). Os primeiros espécimes surgiram antes da existência das abelhas, então a planta se adaptou para polinizar com a ajuda de besouros. Alguns, encontrados na forma de fósseis vegetais, têm pelo menos 95 milhões de anos. Vestígios de magnólias antigas foram encontrados por arqueólogos em Sakhalin, nos Urais, nas bacias do Volga e do Don. Esta descoberta sugere que o atual clima severo dessas áreas era muito mais ameno. O nome dela é uma homenagem ao cientista Pierre Magnol.

As magnólias, que podem chegar aos 30 metros de altura, têm folhas grossas enceradas de um verde lustroso e flores que podem ser rosadas, amareladas ou brancas. As minhas preferidas são aquelas magnólias de grande porte cheias de folha verde, salpicadas de grandes flores brancas com aquele aroma carnal entre a citronela e a tuberosa. Aqui em Setúbal há três de médio porte a caminho do mercado. Quando estão em flor páro-me lá debaixo delas. Fico com as moléculas do cheiro no nariz todo o dia. É inebriante. A maior e mais bonita magnólias que já vi foi nos Açores.