Estive a ler este livro.
A epígrafe diz logo alguma coisa do livro. Estão aqui dois modos de lidar com o inimigo: a primeira com violência e a segunda com auto-controlo baseado na razão.
O livro é sobre as sociedades-Estado ocidentais e o problema do mal, entendido como violência e agressão, ligadas ao processo de civilização.
As questões são: se olhamos a civilização europeia desde os gregos e romanos até hoje podemos dizer que houve uma evolução civilizacional no que respeita à capacidade de auto-controlo da violência ou não e basicamente estamos na mesma, capazes de enormes violências? Se houve, como se processou e porquê? Como é que os europeus a certa altura assumiram que tinham um processo civilizacional melhor e superior ao dos outros? Como é que isso se coaduna com a violência das guerras e do colonialismo? E se o nosso auto-controlo está melhor, deve-se a quê e quais os desafios do futuro?
A resposta dele é sim, há uma diferença qualitativa civilizacional no que respeita ao modo de entender o sofrimento desnecessário e a capacidade de auto-contenção de violência. Isto li no último capítulo. Foi por ai que comecei depois de ler a introdução onde o autor expõe os objectivos de cada capítulo - fui ver a resposta que vem no fim para apreciar melhor o argumento. Depois pus-me a ver o índice e fui ler o nono capítulo para ver como ele lida com esse acontecimento que à primeira vista parece um contra-exemplo da sua tese. Acho a explicação dele rebuscada e não me convenceu. Depois li o oitavo capítulo e depois o primeiro capítulo sobre as cidades-Estado helenísticas, para perceber como ele explica a ausência de auto-controlo da violência nessa época.
Portanto, não li o livro todo e andei a serpentear. Não é que os outros capítulos não me interessem. Interessam e hei-de ler (tirei umas notas), mas não já. Tenho ainda um livro para ler até ao fim do mês -sem ser os de entretenimento- e estou com muita pica de entrar no Hegel.
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