September 07, 2020

Em contrapartida isto é só estúpido

 


Dantes muitas mulheres faziam festas para anunciar que estavam grávidas -e receber presentes- como se ficar grávida ou engravidar alguém fosse uma originalidade ou um trabalho de génio tipo, a fusão do átomo ou assim... Agora está na moda dar uma festa e convidar os amigos todos para revelar o sexo do bebé um mês ante de nascer... porque é evidente que toda a gente está muito interessada em saber. Então, começaram por revelar com um bolo estereotipado: azul ou rosa consoante o caso. Pois agora os pais também querem entrar na festa (porque as festas de dizer que está grávida eram só para mulheres) e é claro que querem marcar território com um Bang - rebentam explosivos e causam fogos. E até morrem pessoas.

Depois, como os bebés muito pequeninos são todos mais ou menos iguais (a não ser para os pais) e não se percebe sequer se são raparigas ou rapazes (o que não interessa um átomo à felicidade dos próprios...), põem as raparigas com uns laços ridículos na cabeça para parecerem, logo desde que nascem, não pessoas, mas presentes para oferecer a alguém. Depois treinam os rapazes para olharem as raparigas como presentes. Depois os revisores fazem comentários sobre o embrulho dos presentes...



How Many People Have to Die Before We’re Done With Gender Reveals?

Sadly, this is not a hypothetical question.

At least one human life has already been lost as a direct result of the widespread obsession with turning the sex of one’s unborn child into an explosive (often literally) spectacle. In October, an Iowa woman was killed when her family inadvertently built a pipe bomb as part of their gender-reveal party—a gathering at which expectant parents dramatically and colorfully announce the sex of their baby.

The methods for doing so seem to have started out as benign, if stereotypical—cutting into a cake to reveal either blue or pink frosting, say. But in the past couple of years, some kind of communal madness has taken hold, and many of these feats of gender performance have gotten more elaborate, more public, and more dangerous—putting lives and entire ecosystems at risk. Last year, a father-to-be started a 47,000-acre wildfire in Arizona when he shot a rifle at an explosive target full of blue powder (It’s a boy!), causing $8.2 million of damage, according to the Arizona Daily Star.

5 comments:

  1. Ó pá, eu não sou desse tempo dos baby shower mas a minha filha, quando era bebé, andava com esses lacinhos todos na cabeça 🤣🤣🤣eu adorava!
    Agora, chama-me o que quiseres que eu não me importo! Só te digo que tenho saudades desses tempos....e só agora é que percebi🙄

    ReplyDelete
  2. Tens saudades de outros tempos, mas não dos laços propriamente.
    Manela, a mim parece-me que isso de se diferenciarem as raparigas e os rapazes, desde que nascem, com estereótipos, não ajuda às transformações sociais necessárias. Quando vejo as minhas ex-alunas porem fotografias dos filhos pequenos no FB com vestidos a dizer princesa em quartos todos cor-de-rosa com bonecas penso para mim, 'falhei... não aprendeu coisas muito importantes...'

    ReplyDelete
  3. Como sabes, não tenho Facebook. E mesmo que tivesse, não ia publicar fotos da Vera em idade nenhuma, por respeito à privacidade dela, claro! E também não acho de muito bom gosto!
    Mas ela ficava tão gira com coisas na cabeça 😊
    Agora, no caso da minha filha, o facto de ter usado as fitas não lhe fez mal nenhum, tendo em atenção às suas opiniões atuais.
    E tenho, realmente, muitas saudades de andar com ela ao colo. E, nessa altura, não sabia.....
    Manela

    ReplyDelete
  4. Nessa altura as pessoas eram menos conscientes destes problemas, mas agora são.

    ReplyDelete
  5. Não! O que eu não sabia é que ia ter saudades de andar com ela ao colo .....

    ReplyDelete