No dia de hoje em que se assinalam 75 anos passados sobre o bombardeamento de Hiroshima onde morreram mais de 200 mil pessoas quase instantaneamente e Nagasaki (mais 80 mil), esta última porque alguns militares americanos não puderam ir à sessão do dia 6 e quiseram uma matiné só para eles passados 3 dias, esta visão da humanidade parece tristemente inegável.
Muitos dos que sobreviveram, chamados hibakusha, desenvolveram cancros por causa da radiação espalhada pela bomba. Foram cerca de 500 mil os que morreram de doenças relacionadas pela bomba. Até hoje o Japão foi o único país que sofreu um ataque nuclear.
O pior é que, em vez de estarmos no grau 0 das armas nucleares, temos assistido ao aumento e proliferação das armas nucleares.
Segundo o Research Center for Nuclear Weapons Abolition at Nagasaki, havia, em Junho, cerca de 13.410 ogivas nucleares espalhadas pelo mundo, das quais a Rússia e os EUA possuem 90%.
A ameaça nuclear não é uma coisa do passado.
A grande tragédia humana é que dependemos dos seres humanos -estes mesmos que fazem as guerras e lançam bombas terríveis só para ver como é o resultado- para sobrevivermos todos enquanto humanos.
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