August 09, 2020

PCP e o dinheiro que canta mais alto


Podíamos dizer muita coisa acerca do PCP fazer-se de vítima, como se alguém andasse a tentar calá-los ou sobre como eles tantas vezes tentam calar as vozes incómodas ou até o ridículo de dizerem que o povo sabe do seu sentido de responsabilidade em todos os momentos da história... já se esqueceram do ano do PREC... enfim, tudo isso é secundário pois o que salta à vista é o voragem do dinheirinho.
O PCP podia fazer uma festa do Avante, simbólica, se quisesse não interromper a tradição mas, ao mesmo tempo, dar um exemplo de civismo e respeito pelos outros: convidava ou sorteava ou o que fosse um número de lugares fixo de acordo com as medidas de segurança. Mas não: eles querem mesmo lá as 100 mil pessoas a pagar o dinheirinho que isso conta mais que toda a ideologia junta... and that is the material point!


Festa do Avante

Cancelar o evento seria “soçobrar a uma ofensiva reacionária que, tendo êxito, cedo passaria para outros patamares de limitação de liberdade e direitos”, refere o PCP. E logo de seguida cita a nota de Marcelo sobre o diploma que limita os espetáculos e concertos. “O próprio Presidente da República afirmou que ‘se uma entidade promotora qualificar como iniciativa política, religiosa, social o que poderia, de outra perspetiva, ser encarado como festival ou espetáculo de natureza análoga’, deixa de se aplicar a proibição específica prevista no presente diploma”, dizem os comunistas.

O PCP não cita, porém, a restante mensagem do Presidente, que impõe aos responsáveis a fixação de “lugares marcados” assim como o respeito pela “lotação e o distanciamento físico” dos participantes. Opta, antes, por dizer que “o povo português sabe que pode contar com o PCP e o seu sentido de responsabilidade em todos os momentos da história. Irresponsabilidade não é realizar a Festa do “Avante!” com todas as regras de segurança em articulação com as entidades competentes”.

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