August 21, 2020

Coisas que desmoralizam II

 


O ministro da educação ser um exemplo de falta de ética. Tenho uma médica igual a ele que arranja sempre maneira de usar a verdade para tentar enganar. É verdade que só 1% das escolas teve casos de covid, mas o ministro sabe muito que estes números não têm significado porque estavam meia-dúzia de alunos e professores nas escolas: os do secundário e apenas nas disciplinas em que iam fazer exame. De modo que, se os números têm significado é o oposto: mesmo com meia-dúzia de alunos não se conseguiu evitar os casos de covid.  

Depois diz que não sabemos se esses casos de covid foram transmitidos na escola e daí conclui que está tudo óptimo. Quer dizer... se não sabe, porque não foi saber? E se não sabe, devia ter cautela até saber em vez de incentivar ao porreirismo. Uma pessoa, se esteve com alguém infectado, à cautela fica em quarentena e não parte do princípio que está tudo bem para não correr o risco de infectar outros. Pois, alguém que explique estas coisas básicas a este ministro. Ter estas pessoas a decidir os nossos destinos é desmoralizante.

E a notícia lá volta a dizer que a OMS diz que é do interesse das crianças abrir as escolas, como se alguém estivesse contra isso. Ninguém está contra a abertura das escolas, estamos é contra as escolas abrirem sem medidas de segurança.

E já agora senhor ministro: mande pagar o dinheiro que me devem, sff. 


Das escolas que reabriram em maio, só 1% tiveram casos de covid-19

Não houve contágios dentro do ambiente escolar, voltou a assegurar o Ministério da Educação, desta vez ao "Jornal de Negócios". Fenprof preocupada. OMS diz que interesse das crianças torna necessário abrir as escolas

A mensagem de confiança do Governo é assim a mesma da do final de julho, quando Tiago Brandão Rodrigues disse no Parlamento que não tinha havido nenhum contágio em ambiente escolar, mas sim contágios trazidos para dentro da escola.

Há descrições por parte de diretores de escolas de vários casos de contágios, segundo um levantamento do Observador - sobretudo de assistentes operacionais. Mas a ideia da tutela mantém-se: o facto de estarem infetados não significa necessariamente que isso tenha ocorrido em contexto laboral, ou seja, na escola.



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