DER SPIEGEL: Trump, though, has similar conflicts with a number of other world leaders. Could it be that he simply has a problem with women?
Bolton: I do think that is a factor. But he has a problem with a lot of democratically elected leaders, male or female. He seems to have better relations with authoritarian figures than with many who are elected in democratic countries.
DER SPIEGEL: How would you explain that?
Bolton: Part of Trump's difficulty with international affairs is his lack of any philosophical basis. He has no philosophy. That was a complicating factor across the board. I am a conservative Republican. He is not. But he's not a liberal Democrat either.
...
DER SPIEGEL: Why does Trump show no interest in cooperation with America's long-time partners?
Bolton: There is a constant effort by political commentators in the U.S. and Europe to understand Trump or to define a Trump Doctrine. Stop wasting your time! There isn't any Trump Doctrine. The decision you get in the morning on an issue could be different in the afternoon, largely dependent on political considerations. He is primarily interested in his reelection. [aren't they all?]
...
DER SPIEGEL: Will Germany and the rest of Europe have to be responsible for their own national security and defense in the future?
Bolton: Europe should view Trump as an anomaly in American politics. What Trump does is not a policy, and because it doesn't reflect a philosophy, it is not going to be that hard to get back to normal.
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Estou de acordo com tudo menos com a conclusão. Não me parece que se possa ver Trump como uma anomalia, daqui para a frente. Se Trump ganhar as eleições, o segundo mandato dele será pior, agora que já está muito à vontade no cargo. Como os EUA são uma espécie de bússola que organiza os interesses no planeta, os regimes autoritários vão sentir-se mais fortes e serão mais ousados. Isso deixa de ser uma anomalia para passar a ser a norma. Se perder, Biden vai desfazer o que ele fez e daí para a frente arriscamo-nos a que cada presidente eleito do partido contrário desfaça o que o outro fez, à maneira do que se passa cá no rectângulo com os ministros da educação que assim que são eleitos vão logo desfazer tudo o que o anterior fez e com essa política mantêm as escolas num constante desequilíbrio, desde que a Lurdes Rodrigues, uma espécie de Trump da educação, esteve na pasta. A anomalia que ela foi tornou-se a norma que todos imitam.
Seja de uma maneira ou de outra, as consequências de Trump ter sido presidente dos EUA não desaparecem. É muito difícil travar forças de entropia uma vez postas em movimento.
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